(por Rafael Calça e Jefferson Costa)
Tem obras que são feitas com muita técnica e planejamento. Prontas, elas são admiráveis e lindas de se ver. Tem obras que são feitas com o coração, emoldurado por toda técnica e planejamento.
Aqui temos Jeremias, ganhador de prêmio literário infantil, de reconhecimento entre seus amigos, se perguntando “o que faço agora?” e recebe a resposta: “contra outra história, ué!”. E certeza que há algo autobiográfico aqui, já que as duas Graphic MSP foram finalistas de e ganharam prêmios importantes. Daí que “contar histórias” é um dos cernes desse gibi, e a responsabilidade de contar histórias, que instrumentaliza o preconceito mas pode iluminar caminhos.
Outro coração da trama é ancestralidade religiosa, com detalhes sutis aqui e ali (tenho muito o que aprender) e a cena com a Oração a São Jorge é linda, só perdendo para o confronto-desabafo com Isac (só eu notei o anagrama?). Por fim, gostaria de apontar que Milena está uma excelente coadjuvante (e ouso dizer que melhor aproveitada nas Graphic MSP que nas revistas de linha) e aparição de Denise é quase mitológica, uma contadora de histórias poderosa na forma dela (e que, assim mesmo, aprende algo importante).
# Veredicto: cheguei em casa falando que os 3 Jeremias são obrigatórios. E é isso.
# Bom: o simbólico é forte aqui. Muita coisa "não funcionaria na vida real", mas estamos numa história, que cumpre sua função de dar um recado, que é bem dado. É o que importa.
# Mau: os extras são legais, mas apressados. Dava para fazer melhor em vez de fazer o leitor tentar descobrir :P
96 páginas • R$ 44,90 • 2023 • no site da editora
P.S.: resenhas das graphic anteriores do Jeremias: Pele e Alma
(por Inori)
Resenha do livro 1 • Resenha do livro 2 • Resenha do livro 3 • Resenha do livro 4
Falei na resenha da terceira parte de Me Apaixonei Pela Vilanesa que, resolvida a parte do romance, só restava à autora lidar com a natureza do mundo para onde Rei foi jogada: ele nos é apresentado como sendo o cenário ficcional onde acontece o jogo que ela gosta muito.
Eu, wannabe escritora, tinha um multiverso de idéias de como abordar esse aspecto da história. A autora seguiu outro caminho, mais catastrófico e fatalista.
...mas não darei muitos spoilers disso não =P
Resumindo o livro: temos uma luta desesperada de vários reinos contra o Grande e Verdadeiro Inimigo, que eventualmente revela quem é de verdade - e, sutilmente, ressignifica o nome da série toda. E, logo depois, nos é mostrados o que aquele mundo realmente é.
(e, nessa revelação, Claire diz com todas as letras que é bissexual) (não que seja surpresa nessa altura)
Quando a autora mostrou a verdadeira natureza daquela realidade, tive medo de que a autora quebrasse a história, e até agora não sei o que achar, se estragou ou não, para ser sincera. Porque foi aquele movimento ousado numa história bem acomodada, que faz tudo mudar completamente, talvez fosse muita areia pro caminhãozinho de uma escritora novata.
Para mim, em alguns aspectos, a história meio que enfraqueceu, mas.... como disse, não sei direito o que achar :P
Voltando ao resumo, depois da revelação, temos um vilão com traços lovecraftianos, reviravoltas, um vilão menor se ferrando satisfatoriamente, o clichê do vilão fodão que morre nunca...
E final feliz, encerrando de vez um ciclo e reabrindo uma porta que foi fechada no livro 3. Eo conto final é uma bobeira dispensável.
# Veredicto: valeu a longa viagem que foram estes cinco livros. E esse arco é bem mais fantasia que romance e, no fim das contas, nunca foi um isekai =p
# Bom: "O que precisamos fazer para salvar o mundo?" "Se papariquem bastante". Falando sério, três pontos positivos que quero pontuar: 1) há um pequena fala do pai de Claire sobre laços de sangue, filhos e passar valores que considero uma pequena pérola 2) é uma história em que praticamente todos os cargos de comando é ocupado por mulheres. Existem homens nestes cargos naquele mundo, mas nessa história, eles são secundários. Achei muito válido isso. 3) A premissa básica daquele universo é uma tragédia, e você for pensar em termos de romance de adolescentes. Até quando um amor pode durar? E a eternidade praticamente acontece para testar. E o que sobra dele depois?
# Mau: desperdício da Imperatriz. E Inori não é boa em escrever lutas e muita coisa seria melhor com uma autora mais madura. Além disso, ela se repete muito em alguns temas nos livros 3, 4 e 5, mas com bem menos força.
424 páginas • R$ 69,90 • 2023 • no site da editora
E, algumas notas finais:
1) desculpa a demora, mesmo. Uma resenha com a leitura mais fresca, seria muito melhor^^
2) e, depois de tanto tempo voltando para casa junto de Rei e Claire - três meses! - me acostumei com presença das meninas e senti falta delas depois que tudo acabou.
“Rei...? Claire...? Vocês estão aí?”, brincou uma colega de serviço. E ela está certa.
(por Bianca Pinheiro)
Olha, se tem uma série entre as Graphic MSP com um crescendo de qualidade de roteiro é Mônica, e isso era esperado depois de ler uma obra anterior da autora, Bear. Depois de Força, que era aquém do que ela era capaz de fazer e do gostoso Tesouros, Coragem tem um roteiro bem montado (nos extras, a artista declara ter estudado estruturas de roteiro), em as peças narrativas vão se encaixando na hora certa, em não desperdiça interações de personagens, diálogos, piadinhas, cenas, flashbacks, tudo. Aqui até temos outra trama de animal perdido, e ela é bem executada.
Ah, é pra dizer mais o que acontece no roteiro? Um monte de coisas, mas tudo se converge e resolve no fim :P
Em relação à outras histórias da linha, é uma leitura “lenta”, com muitos quadros por página, mas prazerosa, ainda mais com a estilização fofa que ela faz dos personagens.
# Veredicto: das melhores Graphic MSP que li em muito tempo.
# Bom: tudo foi aproveitado para fazer uma trama simples, mas assim mesmo, rica.
# Mau: o título está meio sem sintonia com a história ("coragem" não foi um grande problema desse gibi) e o arco da árvore foi mais um elemento criado para compor emoção no final, mas a dificuldade da Mônica está descolada em relação à todo o resto (já o Cebolinha, está ótimo :P)
# Ah:essa é uma releitura. Li um ano atrás, mas li bem avoada, não resenhei e acabei esquecendo quase tudo .-.
96 páginas • R$ 44,90 • 2023 • no site da editora
(por Inori)
Resenha do livro 1 • Resenha do livro 2 • Resenha do livro 3
Inori, a autora, certamente gosta de culinária. Volta e meia ela gasta um tempo extra falando de comida na história de Rei e Claire. E este livro começa com uma “Disputa Imperial de Culinária de Refeição Formal”, um filler quase surreal e muito divertida XD Tem até narradora e patrocinador :P
Depois temos um baile, personagem surtando, e os planos de Rei começam depois de 1⅓ de livros para começarem (e desabam completamente no meio desse). Também tem investigação de assassinato (o que não falta são tramas menores para fazer a história render) e de uma acusação de violência contra uma mulher (e que toca em um assunto mais pesado e... como é um mundo mágico, se resolve magicamente).
Nesse livro também se encerra o arco de vários personagens secundários: as coisas começam a ficar sérias e os adultos começam a se organizar para resolver o problema da vez...
...quando as regras do jogo dão indícios de mudarão completamente e o livro termina com um gancho maroto no fim....
# Veredicto: um livro ponte, em que as coisas começam a andar, com muito recheio até que divertido, mas dispensável.
# Veredicto 2: Já que comecei, vou terminar. Bora pro livro 5!
# Bom: tem lá sua graça três países vizinhos de chamarem Dana, Mérica e Xico :P E, dos 5 livros, é o que tem a melhor capa de todos...
# Mau: ...mas também é o mais dispenspavel. Além disso, tem a cena da caixa, onde achei burra e insensível a decisão das personagens. Outro problema é a revisão, aqui o capítulo 14 é "discípulO" no índice e vira "discípulA" na página de abertura.
400 páginas • R$ 69,90 • 2023 • no site da editora
Vou aproveitar que essa é a menor de todas as resenhas e colocar umas notas extras:
1) já contei isso: a série já estava no meu radar, tinha até baixado o anime para assistir depois. Fui numa Feira da USP e vi os livros à venda, mas não tinha o primeiro, então deixei para lá. Demos uma volta na feira e, quando retornei, acharam um #1 no estoque. Na hora peguei os dois primeiros, os restantes nos meses seguintes e foi assim que venci um loongo bloqueio de leitura :)
2) há uma adaptação em anime que vai até o 1o capítulo do livro 2. Ela é bem simples visualmente, mas divertida e com algumas cenas melhor construídas que no livro (por exemplo, a em que Rei afirma ser lésbica, com todas as letras, para Misha, Claire e outras pessoas no refeitório). Se não me falha, o desenho está licenciado no Brasil pela Crunchroll.
3) também existe uma adaptação em mangá, está anunciado o lançamento no Brasil desde 2022 pela Newpop e estamos esperando.
5) existe um spin off, recontando os 2 primeiros livros pelo ponto de vista de Claire. E a autora, assanhadinha, está escrevendo histórias sobre as filhas, quando mais velhas...
4) por fim, a autora, Inori, é relativamente acessível nas redes sociais (twitter, bluesky)(lembrando que existe a barreira linguística, fuso horário e uma legião de fãs mandando mensagens para ela) e recentemente adotou uma gata fofa, Relaire =p
(por Ana Cardoso)
Sabe um gibi que você não esperava muito e ele entrega o que você esperava? É isso.
Mingau, o gato da Magali, se perde de casa. Claro que há um final feliz, claro que há aventurinhas de gato perdido e claro que dá para perceber que teve criança doente. Mas terminei achando que dava para trabalhar mais.
# Veredicto: Fofo.
# Bom: O traço é muito bonitinho e amo o visual de Maria e sua mãe. Outro ponto positivo é todo o gestual e "clichês" felinos, bem representados =) E, ah, ela fez o "x" do gato :P
# Mau: Maria teve um final meio jogado, ela tem um enorme arco de perda, maior que de magali. O esquecimento dos filhot(õ)es de Tuca pela trama também me incomoda, mas sendo racional, até que entendo o porquê. Por outro lado, a aparição de Manfredo também estava jogada, dava para cortar sem prejuízo do todo.
96 páginas • R$ 39,90 • 2022 • no site da editora
(por Inori)
Resenha do livro 1 • Resenha do livro 2
Depois de duas resenhas mais extensas, vou ser tender a mais breve nos três livros finais: a história fecha bem fechadinha no segundo volume e esse novo arco, apesar de ter seus momentos e idéias, é praticamente esticar uma história quando o grande conflito narrativo já está mais que resolvido: Rei conquista Claire e forma família com ela (e sei lá se considero spoiler algo que está descarado na capa desse terceiro volume).
Quando comecei a ler o livro 3, lembrei que o plot de Me Apaixonei Pela Vilanesa era resumido mais ou menos por “personagem é levada ¹para outro mundo e lá ²tenta conquistar a pessoa que ama”. E já que “²” está resolvido, o caminho natural para a autora agora era lidar com “¹”.
Ok, estou me adiantando, mas tenha isso em mente, especialmente no livro 5 =p
Rei e Claire agora estão “casadas” (mesmo sendo heroínas da Revolução, nos moldes da francesa, que transformou o reino de Bauer de uma monarquia absolutista para uma em que o monarca é pouco mais que um enfeite - que nem o Japão - o novo governo não aprovou casamento de pessoas do mesmo sexo), com duas filhas adotivas, Alea e May, e trabalhando como professoras na antiga escola - que agora é mais democrática em sua seleção com a queda da nobreza.
(Vou dizer aqui que assim como “pobreza” no livro dois, a autora é bem inocente com “revolução” e “queda de classes dominantes”. Na vida real, não é só títulos e bens que elas perdem. Mas, como estamos aqui por qualquer coisa, menos uma ficção histórica bem construída (mas, é possível ser), segui me divertindo na leitura ¯\_(ツ)_/¯)
Outra coisa a ser dita nessa nova fase de Wataoshi é que em muitas cenas as protagonistas estão animadíssimas em praticar fazer filhos, mesmo que a biologia não permita =p Não tem nada explícito, mas o assanhamento está lá e isso é engraçado :P
Enfim, as personagens estão na sua vidinha bucólica, quando são convocadas para um intercâmbio com o Império de Narr, um poderoso país inimigo, que Bauer (e outras nações aliadas) conseguiram uma trégua para ganhar tempo. A troca de intercambistas fazia parte das negociações de trégua.
Vão para Narr, entre outros, a família protagonista e alguns alunos das duas (que rendem sub-plots praticamente descartáveis). Lá, conhecem a Imperatriz Dorothea e passam a ter aulas na Escola Imperial, onde os planos de Rei começam a acontecer. A partir daí várias coisas acontecem: Narr recebe uma visita importante (e descobrimos que há outras pessoas idênticas à Rei naquele mundo) e surgem inimigos maiores e mais urgentes que aquele império e sua imperatriz.
O livro tem vários capítulos extras e contos no fim, todos passados antes de fazerem o intercâmbio: os dois primeiros contam a cerimônia de casamento das duas (que foi algo mais confortável e dentro do tema que o restante do livro). Outro sobre as duas levemente bebericadas, matando as saudades de slice of life na série, que também aparece em uma história de aniversário e outra de Natal. Há um conto com uma secundária e o último conto, amigos, é um “o que aconteceria se” quase que desesperador. Daria uma ótima historia maior.
# Veredicto: É uma enorme preparação de terreno, com encrenca acumulando sobre encrenca e a sensação de que a série fechava bonito no livro 2 (aposto que as protagonistas concordam comigo).
# Veredicto 2: Já que comecei, vou terminar. Bora pro livro 4!
# Bom: Rei era tão viciada em Revolution na outra vida, com um conhecimento enciclopédico, que deliberadamente entra nas rotas de um spin-off yuri do jogo para tentar resolver os problemas atual. Ela tem planos e visão do futuro. Mas logo ela vai além do terreno conhecido... Ah, outra coisa a se destacar são as descrições culinárias ^^
# Mau: Livro menos autobiográfico - e alguns temas são repetidos de forma mais diluída - , além de tratar mais de problemas ficcionais que reais. Apesar do assanhamento, é um livro menos apaixonado, em que não há o que conquistar, só o que defender. Fora que um dos pontos fracos da autora é escrever crianças, isso desde sempre.
400 páginas • R$ 59,90 • 2022 • no site da editora
P.S.: não fui tão breve assim :P
O tópico periódico que serve para, entre outras coisas, ser um controle auxiliar da coleção :P
(também serviria para eu tomar vergonha na cara e acumular menos, mas sou caso perdido)
Postagens anteriores: 06/24 • 07/24 • 08/24 • 09/24 • 10/24 • 11/24 • 12/24 • 01/25
01/02
Banca Ranieri, em frente ao Conjunto Nacional
• A Saga do Batman #45/9: pretendo pegar até o fim da queda do Morcego, se chegar até lá. E só acho que a Panini fez besteira nessa numeração...
• Jojo's Bizarre Adventures (Stone Ocean) #9: Série que dizem ser enorme, engraçada, com 1000 recomendações também. Ok, estante é que nem coração de mãe.... (esse é o 6º arco de nove, que tem 11 volumes)
08/02
Banca Ranieri, em frente ao Conjunto Nacional
• Jujutsu Kaisen #27: anunciaram que vão republicar e vocês sabem como sou.... (a série encerrará na edição 30)
• Oshi no Ko: Minha Estrela Preferida #13: “mãe, achei a capa bonitinha e levei para casa” =_='. Acaba no 16.
• A Saga do Batman #46/10: pretendo pegar até o fim da queda do Morcego, se chegar até lá. E só acho que a Panini fez besteira nessa numeração...
Comix
• Dandadan #12: a premissa parece engraçada, então a tonta aqui começou outra coleção^^“ E, agora que saiu em anime, virou modinha :P (e ainda não li....)
09/02 :'(
Drummond Livraria
• Amarelo Seletivo: tenho uma personagem nikkei, bom pesquisar =) E essa coleção da Conrad é baratinha.
Banca Conjunto Nacional, em frente ao próprio =p
• Ultimate Pantera Negra: vamos ver no que vai dar essa enésima recontagem de universo de HQ.
11/02
Catarse
• Contos de Fadas Eslavos: aquele tipo de coleção que não vou deixar perder um. Ainda bem no acabamento na Wish.
15/02
Comix
• Soul Eater #10: mais uma coleção na categoria “sou uma idiota acumuladora” (mas promessa é de ler e dispensar o que for dispensável) (as estantes estão acabando :P). 17 edições, ao menos a JBC é devagar....
• Leviathan #2: três volumes, arriscarei.
Banca Ranieri, em frente ao Conjunto Nacional
• A Saga do Flash #11: essa acaba rápido? :P Minha pretensão é apenas a primeira fase do Waid.
• A Saga do Homem-Aranha #22: ainda vou definir meu ponto de corte, mas se essa série vingar, cortará varios gastos em dólar que pretendia fazer.
• A Saga do Superman #31/7: segunda parte dessa saga, que espero que vá até morte e retorno do Azulão =)
• Jojo's Bizarre Adventures (Stone Ocean) #10: Série que dizem ser enorme, engraçada, com mil recomendações também. Ok, estante é que nem coração de mãe.... (esse é o 6º arco de nove, que tem 11 volumes)
21/02
Panini
• Hulk por Peter David (Omnibus) #2: fiz as contas e vi que sairia mais barato comprar em português, esperando as promoções, do que acompanhar os epic gringos. Alguém que comprar alguns deles, por sinal? :P
• Homem-Aranha - Edição Definitiva #11 #14: quero ver como conseguir o resto da coleção sem ensandecer. Mas tentarei fazer escambos.
22/02
Sebo do Messias (que comprou todo o estoque da Saraiva, até as sacolinhas plásticas)
• A Árvore Que Dava Dinheiro e Um Leão Em Família: da série “joaninha anda caçando vaga-lumes” =P
Comix
• Dragon Ball Super #23: Escrita pelo Akira Toriyama (RIP) e desenhado por alguém fora do meu radar, talvez seja uma continuação aceitável do mangá original...
Banca Ranieri, em frente ao Conjunto Nacional
• Delicious In Dungeon: Calabouços e Delícias #11: me pareceu ser legalzinho :P (série também conhecida como “Masmorras e Marmitas” :P - encerra no 14)
• Bleach #26: a verdade é que sou curiosa com um monte de mangás que deixei passar, e com alguns que vão lançar... mas podia ser pior, eu podia estar fumando :P (26 volumes).
• Oshi no Ko: Minha Estrela Preferida #14: “mãe, achei a capa bonitinha e levei para casa” =_='. Acaba no 16.
• Jojo's Bizarre Adventures (Stone Ocean) #11: Série que dizem ser enorme, engraçada, com mil recomendações também. Ok, estante é que nem coração de mãe.... (esse é o 6º arco de nove, que tem 11 volumes)
• Queria dar os créditos aos sites que mais uso para pegar dados sobre as séries: Biblioteca Brasileira de Mangás e Guia dos Quadrinhos. E mapear minhas compras de 2025:
Ainda vou fazer um comparativo dos anos, mas estou planilhando os anos anteriores bem devagar.
Em fevereiro, li:
• Todas as Histórias Marvel
• Astronauta: Convergência, iniciando uma sequencia de oito Graphic MSP
• Mingau: Apego
• Mônica: Coragem
• Jeremias: Estrela
• Xaveco: Vitória
E teve outra leva enorme de doações por aqui, e algumas vendas.
Vendi para um colega: Demônios da Goetia em Quadrinhos, O Despertar de Cthulhu em Quadrinhos e O Rei Amarelo em Quadrinhos (minha opinião sincera é que, dos três volumes, só gostei de conto e meio do Goetia). Essa venda ajudou a custear a internação do Raji. Também dei para uma amiga: Francis, Madoka Magica (The Different Story (1 a 3), Oriko Magica (1 e 2)) e Alice Hearts (1 a 6).
E, novamente, fui na Gibiteca doar: A História do Universo DC; A Paixão do Arlequim; Alan Moore Top 10 1 e 2 (encadernados gringos); Alice no País das Maravilhas (mythos); As Primeiras Histórias do Superman; Banzai 1; Batman Mangá volume I 1 e 2; Batman Mangá volume II 1 e 2; Biblioteca Histórica Marvel: O Surfista Prateado 1; Corrida Maluca; DC 2000 23 a 26, 29 a 41, 48 a 59; DC Encontra Hanna-Barbera 1 e 2; Dick Vigarista & Muttley; Don Drácula 1 a 3; Estúpidas, Estípidas Caudas de Ratazana; Future Quest Apresenta 2; Gen13 1 a 6 e 8 a 13; Guerras Secretas (2016) 1 a 9; Jambo e Ruivão; Justice League International TPB 6; Liga da Justiça (mythos) 1 a 4; Marvel Force 1 a 7; Multiverso DC 1 a 4; New Mutants Classic 4 a 7; Nova Geração 1; Pateta faz História 1; Power Comics 4 5; Scooby-Apocalipse 6; Senhor Milagre 1 e 2; Spawn 8 9 10; Spider-Man Marvel Masterworks (tp) 1; Superman: Exile; Talentos do Mangá 1; Turma da Mônica Geracao 12 I: 1 a 6; Turma da Mônica Geracao 12 II: 1 a 3; Vidas Imperfeitas (hqm) 1; WilDCats 1; Will Eisner Narrativas Gráficas; X-men (2020) 1 a 7, 9, 11 a 16, 18 a 20, 22 a 26; X-men e Quarteto Fantástico (2020); X-men: Ghosts; Almanaque Terror Sampa 1; Guerreiros Errantes 1; Mônica (Panini 1a serie) 1 a 10 e Superalmanaque Mangá 1. Foram 154 gibis, se fiz as contas direito.
(por Danilo Beiruth)
Deixa eu repetir duas coisas que escrevi nas resenhas anteriores: “A série Graphic MSP, onde artistas diversos recriam os personagens do Maurício de Sousa em histórias fechadas, é daquelas que compro religiosamente para conhecer artistas, para ler boas histórias e por TOC completista mesmo, não nego” (atualmente, as histórias não são tão fechadas. Vide o caso do próprio Astronauta) e “Aqui temos uma aventura rápida e com ritmo empolgante, mas que se mostra no fim um capítulo de um todo maior. Também pede alguma revisão de fatos anteriores (que não fiz :P), mas até que bem construído: são três versões do personagem meio que convergindo, explicando algumas pontas soltas.”.
Pois é, aqui estamos no fim do todo maior, ainda não fiz a tal revisão/releitura e, de novo, temos uma aventura rápida e com ritmo empolgante, não dá para negar. Quase todo o gibi é uma batalha de dois Astronautas de dimensões diferentes contra uma versão deturpada deles mesmos - tão deturpada que nunca vai se assumir vilão, sempre vai inverter os valores -, mais a conclusão de arcos menores (alguns bem clichezentos, tipo nascer criança em meio ao clímax da batalha... ou diversos personagens de outras histórias da série acompanharem a batalha de locais diferentes).
# Veredicto: boa conclusão da série, divertido para quem gosta de ação.
# Bom: diagramação e arte. Os personagens estão suficientemente bem escritos. Também tenho de elogiar o "diário de bordo", em que o editor conta toda a trajetória da série: é interessante e bem melhor que a manjada sequência de criação de páginas que praticamente todo autor das Graphic MSP usam.
# Mau: Astronauta NÃO conclui totalmente nessa edição: apesar do grande vilão ser derrotado (mas ainda vivo e prometendo vingança), a história tem tantos ganchos que provavelmente vai receber alguma multa do ibama. Imagino que, depois de alguns anos de respiro, teremos nova trilogia. Outro ponto é que a reprodução de tiras antigas do personagem, material interessantíssimo, está ilegível de tão diminuto. E, como essa HQ é meio antiga e não sei de corrigiram nas mais recentes, não vou reclamar que deviam repaginar a biografia dos autores, tá meio largada. Ops, reclamei :P
96 páginas • R$ 39,90 • 2022 • no site da editora
Notas:
1) jurava que Cris Peter, colorista, fosse um gringo. É uma artista gaúcha :) Falha minha e excelente surpresa!
2) para quem quiser acompanhar todas as Graphic MSP do personagem:
2012 • Magnetar
2014 • Singularidade (esses dois primeiros não resenhei)
2016 • Assimetria
Essas três histórias foram republicadas num encadernado em 2022: Astronauta: Integral - Volume 1 (com a HQ inédita “Silêncio Lunar”)
2018 • Entropia
2020 • Parallax
E, pelo que li, haverá um segundo encadernado esse ano com as três últimas graphic MSP do Astronauta.
3) a tal revisão que prometi vai acontecer quando sair o segundo integral. aí leio tudo junto e digo o q achei =p
4) essa é a primeira de oito resenhas “represadas” de Graphic MSP.
(por Inori)
Resenha do livro 1
Sabe, essa é uma das resenhas que queria ter feito um tempão atrás, mas NUNCA achava o tempo necessário para por as idéias de forma correta. Sorte que fiz toneladas de anotações durante a leitura (agradeço à Biblioteca da Ursal no telegram por aturar algumas delas), que vão me ajudar bastante, mas, mesmo assim, a resenha não vai ficar tão boa quanto o livro merecia.
Desde já, peço desculpas =_=
Antes de começar a resenha propriamente, queria comentar três coisas:
1) Como a série em inglês se chama “I'm in Love with the Villainess”, volta e meia acabo falando de “Me Apaixonei Pela Vilanesa” ou só “Vilanesa”. A palavra está erradíssima em português, nem o dicionário me salva (mas além de “vilã”, me informa que existe “viloa”, que é mais feio ainda). Mas estou nem aí: vou usar a palavra errada aqui e ali nas resenhas futuras.
2) Antes de conhecer essa série, conhecia outro anime (que também é adaptação de história seriada): HameFura, abreviação de 乙女ゲームの破滅フラグしかない悪役令嬢に転生してしまった… (Otome Gemu no Hametsu Furagu Shika Nai Akuyaku Reijo ni Tensei Shite Shimatta...)(“Eu reencarnei em um jogo otome como uma vilã com apenas bandeiras de destruição...”, sendo que “bandeira” aqui significa algo tipo “sinais”. Inclusive quero pontuar que amo estes nomes compridos de algumas histórias :P). Nele, assim como na história da vilanesa, a personagem morre na Terra e reencarna no seu jogo favorito. Mas dessa vez, como Catarina Claes, a vilã que está fadada a morrer ou ser exilada em TODOS os finais do jogo. E ela faz de tudo para evitar esse destino :P
Recomendo muito a primeira temporada do anime, a segunda é dispensável, imho, mas queria falar que é curioso ver, em um primeiro momento, a repetição de arquétipos de personagens em ambas as histórias. Mas elas logo divergem.
3) Isekais estão na moda. São histórias em que pessoas são transportadas para outros mundos. A grosso modo, Mágico de Oz e Caverna do Dragão são isekais (e existe a piada que Superman também é, afinal ele foi jogado de Krypton para a Terra) e existe uma longa tradição de animes e mangás com essa temática (RayEarth, Fushigi Yuugi). O que é preocupante atualmente é que em muitos isekais a personagem tem uma vida normal no Japão e MORRE, sem possibilidade de retorno e tem uma vida mais legal do lado de lá. Como há muitas histórias com essa estrutura, é sinal de que algo não está bem na sociedade a ponto dos leitores procurarem esse tipo de fuga.
Vamos ao segundo livro então mas, um aviso antes de começar: evitarei spoilers ao máximo, mas eles acontecerão.
Sendo assim, estejam avisados, avisadas, avisades =P
O primeiro capítulo do volume (e o quarto da série), “Balança da Paixão”, um capítulo menos slice of life e onde surge uma rival para Rei: Manaria, uma princesa de outro país, que desde criança abalou a (suposta) heterossexualidade de Claire - e que, contraditoriamente, torna canônica as esperanças românticas de Rei :P Mas a rival é odiosa, superpoderosa, altamente competitiva e o capítulo entra no clichê ruim de por o coração de uma pessoa como objeto de disputa sem perguntar para ela.
Mas aparece aqui um trecho pelos olhos de Claire (acho que o primeiro e um dos poucos nessa fase) e Rei só supera a rival por ser muito viciada em Revolution e conhecer cada detalhe obscuro possível do jogo onde, literalmente, foi enfiada =p
“Férias” é isso. Nesse capítulo as personagens vão para uma cidade litorânea, tem uma aventura (a autora não é lá muito boa em descrever combates...) e aqui se abre espaço para aproximação entre Rei e Claire. E mais importante ainda: a nobre começa a ter consciência social, do quanto ela é privilegiada e tem uma vida confortável (apesar de que, por mais que eu simpatize com a autora, o conceito dela de pobreza é bem light comparado com a realidade que vivemos... bom, valeu =p).
N“O Segredo de Yur”, o terceiro/sexto capítulo, temos dois pontos altos altos da série toda: um pequeno diálogo sobre homossexualidade x religião que é quase uma aula e um precioso flashback da vida passada de Rei, quando ela se descobriu lésbica. Imagino que tenha uma forte dose de autobiografia aqui.
E também temos uma forma mágica de resolver disforia de gênero (invejinha), evento que nos leva à parte seguinte, “Palácio”, em o rei põe Rei (:P) para caçar corruptos, esta se lembra que teve um emprego na outra vida e aquelas habilidades podem ser úteis aqui :P E as conspirações e o cheiro de revolução (afinal, esse é o nome do jogo situado naquele mundo e isso não é a toa) está cada vez mais forte.
Até que, cabum!, chega o capítulo “Revolução”. Ou algo assim.
Me Apaixonei Pela Vilã é uma novela, com monte de personagens e subtramas. Algumas são esquecidas e são jogadas na tua cara quando você menos as espera e tem gente que você achava escrota que na verdade era o contrário disso. E nesse arco final tem encrenca, tem encontros, tem desencontros, tem personagens teimosas sendo mais teimosas. Temos a descoberta de que a capa do livro é uma mentira! (ao menos na primeira vez) E temos muita farofa, com todos os amigos aparecendo de longe para testemunhar o final fofo e feliz. Parabéns para a autora pela sinceridade =p
Livros com finais fofos são sempre necessários!
# Veredicto: melhor que o primeiro. Emprestaria e emprestei os dois volumes, inclusive a série foi minha “renascença” para a leitura depois de um longo hiato por causa da pandemia.
# Bom: a escrita da autora melhora - mas ainda é amadora, o que aumenta minha identificação com ela :P - e soube trabalhar a aproximação entre as personagens. Fora que quando ela põe suas próprias experiências e opiniões nas personagens, ela acerta e muito.
# Mau: além da revisão, o problema mais gritante é a encadernação ruim desse volume: meu exemplar está quase que se desmanchando sozinho. Também é chata a incapacidade da autora em marcar os diálogos, volta e meia ficava perdida com quem falava o quê, e a de criar tramas políticas realmente interessantes. **Inori** tem bons planos, mas executa de forma grosseira. Agora chato, mas CHATO mesmo é a forma anticlimática de como Rei conta para duas personagens a sua origem, de como sabe tanto daquele mundo... e a reação dessas pessoas.
520 páginas • R$ 59,90 • 2022 • no site da editora
Nota: esse trecho deveria ter ido para a primeira resenha ^^'' “Lembrando que a autora é amadora, tem limites visíveis, não tá fazendo uma revolução, mas apenas escrevendo uma boa historia. E tem diálogos que gostei pela franqueza.
Usar dados biométricos para fazer saques e outras operações é algo relativamente recente na firma, mas até que anda indo de vento em popa, tirando os probleminhas...
Mas, é aquela coisa, tem cliente que pergunta se tem de fazer a biografia em vez da biometria. Tem cliente que você pede o polegar e eles põem o indicador na máquina leitora, fora a indecisão de que mão é esquerda ou direita.
- É o dedão - mostro bem professorinha. Quase que começo a falar “mindinho, seu vizinho, pai de todos, furabolo e mata-piolho”, capaz de entenderem mais que “mínimo, anelar, médio, indicador e polegar”.
E, sim, tem gente com o dom de errar a senha e a biometria.
...e o campo para assinar no formulário.
Nota: “trabalhar dá sequelas” é uma coleção de pequenas cenas e abobrinhas, com um tico de maquiagem às vezes, que acontecem no meu emprego :P
Conversa no mensageiro:
Colega 1: Começando a pingar os que já cadastraram a biometria e ainda sim vem na agencia pra sabe-se lá o quê.
Eu: porque tão procurando levar um choque para ver se acordam
Colega 1: e se o povo soubesse o que tá fazendo na fila dava até pra triar quem recebe só com senha
Eu: dava
Colega 2, de cidade bem distante: Eu acho incrível, nos dias que trabalhei na minha cidade, que é um milhão de vezes maior do que a que trabalho, as pessoas vinham sacar os benefícios e pegavam fila quilométrica, daí chegava na vez, eu ia cadastrar a biometria e já tinha, daí dizia que não precisava mais pegar fila que era só sacar direto nos ATM e as pessoas: “Eu pensava que todo mês tinha que cadastrar a biometria pra depois conseguir sacar”. Minha cara:
Daí fiquei imaginando até onde vai a imaginação das pessoas
Eu: ou a falta de juntar lé com cré nas idéias
Eu: brinco que tem muita gente que se vc abrir a mão de repente e perguntar 'quantos dedos tem aqui', dá ela azul na cabeça deles
Colega 1: teve uma que perguntou o que tinha que levar pra sacar, eu falei que o RG e a mão
Eu: ahaahhaah
Colega 2: Só faltou perguntar: “mas e se eu não quiser levar a mão?”
Enfim, enquanto engravatados em salas com ar-condicionado pensam em tudo digital, o cliente real tem dificuldades em usar até a digital.
“falei com gerente de agencia no meu estado e ele falou que blablablá'
“a informação que ele te passou tá errada”
“essa é a quinta agencia em São Paulo que me fala que a informação está errada, mas o gerente lá...”
Provavelmente essa pessoa vai tentar em todas as agências da região metropolitana, e além.
“mas meu aplicativo diz que tá liberado”
“então conversa com ele, porque sou o único ser falante aqui dizendo que não e vc insiste”
“quero receber o benefício sem cartão”
“mas não tem o cartão?”
“tenho, mas deixei em casa”
“só com cartão que recebe”
“me ajuda aí, tenho de ir pagar uma conta”
“então ajude-se, vai em casa pegar o cartão e tire o dinheiro”
“mas eu to brigado com a patroa”
“só recebe com o cartão”
“obrigado ¬¬”
“de nada :D:D”
Passei o diálogo para colega de outra agência:
Colega: ele veio aqui
Eu: e ele?
Colega: aqui ele falou que tinha perdido
Eu: no que deu?
Colega: em nada. Não vai sacar.
Colega: estou com um senhor simpático querendo sacar de novo o benefício
...pela terceira vez essa semana
Eu: eita!
Colega: Ele tem Alzheimer e a família dele não segura de jeito nenhum
Esquece e aí todo mundo vira ladrão
“vc não tem o que receber”
“mas ó esse papel aqui ó...” ela diz com papel do governo
“mas ó esse papel aqui ó”, digo mostrando a tela que imprimi no sistema, com nada para receber.
Teve cliente (português, é sério) brigando para fazer depósito em €uro porque aqui é um banco e tem de aceitar deposito em €uro.
“então feche as portas, onde já se viu banco que não aceita dinheiro”
“Trabalhar dá sequelas” é uma coleção de pequenas cenas e abobrinhas, com um tico de maquiagem às vezes, que acontecem no meu emprego :P (e essa seção do blog mudou de nome em 2017, leia aqui o porquê).
2024:
• Trabalhar dá sequelas 51: barraco!!!
• Trabalhar dá sequelas 52: a complexidade do endereço
• Trabalhar dá sequelas 53: O golpe está aí...
• Trabalhar dá sequelas 54: A fila anda. Não parece, mas anda.
(por Brian K. Vaughan e Fiona Staples)
Saga é facilmente uma das séries mais resenhadas nesse blog (a “resenha” das edições 4 7 8 9, para quem quiser ler)(o html tá quebrado e até 2099 pretendo corrigir) e apesar de estar ansiosa pelo retorno da série, ela entrou em um longo hiato após o nono encadernado... deixando os leitores com o coração na mão com aquela última cena.
Uma regra não dita deste quadrinho é que as histórias seguem o tempo real: ela ficou anos sem publicar, a trama avançou todos estes anos enquanto não estávamos lá para ver o que acontecia. Fatos mudaram, as forças que o movem continuam as mesmas: a guerra entre dois povos está lá, a família central tentando sobreviver como pode também.
Todos os personagens, mesmo os com cara de televisão, são bastante humanos (da sua forma...) e você se apega à muitos secundários... só que, outra regra não dita, mas bem escancarada: sempre tema o fim de cada volume, porque pode vir coisa ruim. Inclusive, amodeio Saga por isso.
Ah, o primeiro capitulo do volume dez tem, em cenas separadas, sexo, drogas e rock'n'roll. E aqui Hazel se torna mais um personagem do que era no primeiro arco... a menina que vimos nascer está crescendo, sabe? =)
Por fim, queria lembrar que Saga é uma série adulta, então acontece de termos nus, cenas de sexo, às vezes sem erotismo. E a violência, quando acontece, também não é idealizada.
# Veredicto: aqui começa a segunda metade da história e pretendo ler até o fim. E talvez, quem sabe, reler tudo de uma vez.
# Bom: as críticas sociais bem contemporâneas ao poder, trabalho, polícia, tudo. E acho legal que o estopim para alguns fatos foram em Saga foram livros.
# Mau: o hiato me fez perder o vínculo e me fez esquecer quem eram alguns dos personagens. E, pelos comentários, não é só comigo.
10: 168 páginas • 2023 • R$ 112 • no site da editora
11: 152 páginas • 2024 • R$ 115 • no site da editora
(por Loputyn)
Melina é uma aprendiz de bruxa. Vive a vida louca, é irresponsável, trai a amiga, passa a noite com um ser invocado com cabeça de raposa que ela acha gostoso, perde a confiança de sua mestra, é expulsa do seu grupo, e tudo bem. Uma história onde o egoísmo é praticamente recompensado, a protagonista faz merda com gente legal e se sá bem - e nem isso é bem feito - , mais por imaturidade de quem escreve do que por alguma ideologia.
O gibi não se esforçou para escapar da minha pilha de vendas... (@joaninha_vende no instagram =p)
# Veredicto: bonitinho, mas o roteiro é bem qualquer coisa, sem surpresas. Provavelmente é uma Mary Sue da desenhista.
# Bom: a arte é linda, a capa dura com bordas arredondadas é um diferencial, o papel é do tipo cheiroso. A Dark Side realmente se esmera em vender livros como objetos.
# Mau: seria melhor se fosse um artbook. Existem fetixes e fantasias de fuga melhor escritas, sabe?
96 páginas • 2019 • R$ 59,90 • no site da editora
Bom, mudei para cá entre 2019 e 2022 (teve uma pandemia no meio) e muitas das minhas coisas estavam (e ainda estão) no chão e em caixas. No fim de 2023, comecei a ter algumas renascenças: voltei a fazer tirinhas e “voltei” a ler com os livros da vilanesa (a pandemia e outros fatos me fizeram parar).
Embalada, em 2024 fiz várias leituras e a pilha de “a resenhar” começou a crescer e crescer, mas eventualmente sumiu na bagunça do quarto, sem ser tocada, porque hospedamos pessoas legais mais de uma vez naquele ano e tive de abrir espaço na bagunça para encaixar um colchão =)
Fim do ano comprei estantes novas, ampliei a que existe. Rapidamente liberei algum espaço no chão e desde então estou arrumando a bagunça que ainda está fora das estantes. Tem coisa que arrumei rápido, tem coisa que pede um trabalho mais demorado. E, nessa empreitada, encontrei a pilha de “a resenhar”. Assim, em nome da arrumação, resenhei tudo e terminei ontem =p Sorte que muita coisa tenho anotações, ou tem as conversas no grupo Biblioteca da Ursal, do telegram.
É um processo em que estou juntando todas as notas e comentários, folheando as publicações e montando textos. Alguns estão meio nas coxas, até porque li faz quase um ano, mas tem resenhas mais elaboradas... e montei montando um estoque, soltando duas por semana aqui no blog (mas logo acaba porque não li tanto assim). Nessa lista, só tem duas Graphic MSP que decidi reler para fazer direito, já que mal anotei ou lembro das histórias.
E, é isso.
(por Joris Chamblain e Aurélie Neyret)
Momento XB (xique, bem): quando fui para a Europa com namorada, fomos para o museu dos quadrinhos em Bruxelas. E, numa lojinha anexa, tinha essa HQ à venda e a capa me chamou a atenção, mas não levei porque euro custa mais que dinheiro.
Anos depois saiu no Brasil e comprei. E era o que eu esperava pela capa: Amora é uma criança curiosa, que tem amigos, que gosta de investigar, que tem uma mãe ocupada e uma amiga escritora que à ajuda nos mistérios. Aqui ela e as amigas encontram um estranho personagem no bosque local, que levam à descoberta de uma história triste e uma reparação, quase que um renascimento. É tipo desenho europeu de TV paga, mas um pouco mais elaborado :P
# Veredicto: Infantil, vindo de uma realidade mais sossegada que a nossa.
# Bom: A arte, de longe, é o ponto alto.
# Mau: Justo a parte dos diários são bem qualquer coisa, prejudicada pela tipografia. E é uma pena a editora Nemo só ter lançado o primeiro volume, ganhado um premio e não seguir adiante.
80 páginas • 2017 • R$ 49,90 • no site da editora
Nota: acho curioso que, no original, a personagem se chama Cerise (cereja). Ponto extra pela adaptação acertada :P