Mago das Palavras. A Vida Extraordinária de Alan Moore


(por Lance Parkin)

Uma resenha atrasada, então tende a ser superficial (e não tão atulhada de informações que nem minha última de Nanoha, talvez): anos atrás peguei para ler Alan Moore, o Mago das Histórias (publicado pela Mythos em 2012), que era um livrão bonito (mesmo com alguns erros feios na edição), com fotos e muitas informações sobre o um dos maiores (ou o maior) autores de quadrinhos de nosso tempo e seus trabalhos. É uma boa biografia, mas soou meio chapa branca demais quando li.
Aí, anos depois atrás peguei o livro na foto acima, pus na pilha e finalmente li :P Fisicamente não é uma superprodução que nem o livro acima, mas muito mais denso, que dá o contexto da infância e adolescência de Moore, e fatos sobre o começo da carreira, o reconhecimento, as brigas etc. Muito do material foi recolhido de matérias anteriores encontradas na imprensa e internet (tem uma enorme lista de fontes no final) e de entrevistas próprias. Inclusive, o autor põe muita luz na eterna disputa do Rouxinol de Northampton com a DC e dá entender que quem tirou a paz dele lá dentro é gente do departamento comercial da editora :P

# Veredicto: se você é fã de Moore ou de quadrinhos, obrigatório! É muito melhor que a outra obra citada, de longe, mas não sobrepõe.
# Bom: respeita o biografado, mas não endeusa, inclusive expõe o humor e idiossincrasias do autor. E, repito, a riqueza de informações é coisa linda de Glycon.
# Mau: ainda fazendo comparações com a outra biografia, é uma obra menos próxima do objeto de estudo, e deixa passar algumas coisas. As mais sentidas é a quase que ausência de informações sobre o processo criativo dos quadrinhos que Moore fez, a relação com os desenhistas (tem coisas aqui e ali, mas dava pra ir mais longe) e praticamente não citar a divergência dele com Len Wein.
editora Marsupial • 448 páginas • 2016

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