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Pavane

(Pavane)
Criada por Doug Moench em 1975, Pavane é uma linda loira, extremamente hábil no manejo de um chicote, que, além de ser amante do vilão Carlton Velcro (veja Velcro), cuidava pessoalmente do extermínio de todo e qualquer intruso que representasse uma ameaça aos planos de conquista do criminoso. Quando o golfo em que ambos viviam foi invadido pelo Mestre do Kung Fu e seus companheiros, Pavane, foi dominada por Shang Chi e entregue às autoridades. Até o momento, não se tem notícias sobre a jovem.


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"Resenhas" rápidas: Beasts of Burden - Rituais Animais • Beasts of Burden - Cães Sábios e Homens Nefastos • O Perfuraneve

• Beasts of Burden - Rituais Animais (de Evan Dorkin e Jill Thompson): Nessa demanda de, em 2019 em diante, tentar ler tanto quanto consumo (e tentar virar o jogo, a pilha de leitura dá pra umas 3 encarnações de tartaruga gigante de galápagos), Beasts of Burden foi uma das primeiras e das melhores leituras do ano: em Burden Hill, coisas estranhas estão acontecendo e um grupo de cães (e um gato) saem para investigar e resolver os problemas em diversas histórias curtas. Alguns dos comentários abaixo são afetados pela grande distância entre minha leitura e eu tomar coragem vergonha na cara para fazer uma resenha:
• logo no primeiro conto, Abandono, temos os traços característicos da série: mistério, terror (é uma história de fantasmas... de uma casinha de cachorro assombrada) e humor (óbvio que o gato do grupo sofre :P). Também aparece um dos Cães Sábios, que aparecem de quando em quando e são os protagonistas do próximo volume.
• existem humanos nesse mundo e aparecem em Nada Familiar. Nessa história curta, as vilãs são bruxas, que conjuram seres maléficos e tem gatos pretos de estimação.
Não Se Deve Profanar O Sono Dos Cães começa com um cadáver de cachorro, temos cães zumbis e uma sobrevivente do episódio anterior. Se você quer uma revistinha só histórias fofinhas com bichos, é esse o ponto em que você desiste do gibi (azar o teu :P)
• das histórias tristes do volume: Um Cachorro e Seu Menino. Contém: humanos, ou algo assim.
• chuva de sapos, um tipo bizarro de demônio e anúncio de encrencas futuras estão em Aglomeração Tempestuosa.
• com filhotinhos, Perdido é uma das histórias mais tristes e assustadoras que já li, um dos pontos altos do livro.
• No Templo das Tentações Felinas o foco, evidente, é com os gatos da turma. Aventura nos esgotos subterrâneos da cidade, espaço onde não cabem cães, e seus moradores, que tem probleminhas com gatos.
• e o volume encerra em Acontecimentos Fúnebres, com uma batalha e insinuações de que algo maior virá...

# Veredicto: Assim que saiu comprei o novo volume com mais histórias desse universo e já aguardo o terceiro pra 2020 :P Até lá, tá valendo a leitura. Ainda mais, no meio de tanto cachorro, tem um gato laranja =)
# Bom: o roteiro que sabe ser divertido, assustador e triste nas horas certas, com um cast animal cativante, tudo feito no traço da Jill Thompson, que combina perfeitamente. E o formato "histórias soltas se encadeando num conjunto maior" funciona bem aqui.
# Mau: o preço. As histórias são boas, mas o gibi podia ser mais simprão e mais em conta que seria justo =P
188 páginas • R$69,00 • 2017 • veja no site da editora



• Beasts of Burden - Cães Sábios e Homens Nefastos (de Evan Dorkin e Benjamin Dewey): Eu falo que esse é um segundo volume de Beasts of Burden, mas na verdade é um spin-off: uma longa aventura com os "Cães Sábios", que apareceram ajudando os personagens da série normal. Li bem mais recentemente que o anteior e aqui temos algum desenvolvimento de background, também saímos mais do mundo de eventos e seres normais, mas quase tudo o que acontece na história é fora de Burden Hill e, numa primeira vista, não diretamente ligado ao que acontece lá.

# Veredicto: Divertido, mesmo com personagens mais poderosos (capazes de fazer vários tipos de magia e viverem bem mais que o normal), vários níveis acima dos animais "normais" de Beasts of Burden.
# Bom: a história é redonda e os tais Cães Sábios são tão cheios de defeitos e virtudes quanto os outros personagens - só tem mais poder e experiência.
# Mau: não é a Jill Thompson desenhando :P Não que o outro artista seja ruim, mas preferia o traço dela. A parte de "animais overpower" quebra um tanto o encanto de "a vida é normal, mas tem coisas medonhas nas sobras e locais abandonados" que a série principal tem. Pra fechar, achei os vilões bem nhé, e ausência de gatos entre os protagonistas é imperdoável =P
124 páginas • R$59,90 • 2019 • veja no site da editora



• O Perfuraneve (de Jean-Marc Rochette, Jacques Lob e Benjamin Legrand): Por algum motivo a terra congelou e a humanidade acabou, só restando um enorme, sempre em movimento. O livro é composto de três histórias:
• O Perfuraneve (Lob/Rochette, 1982): aqui somos apresentados ao grande trem de "mil e um vagões", em que os ricos ficam nos primeiros vagões, luxuosos e com poucos passageiros, e a coisa vai piorando a medida que nos afastamos da locomotiva. A arte é regular e não transmite o clima de claustrofobia que deve ser viver o resto da vida dentro de um trem. A crítica social é até válida, mas é bem rasa e óbvia, assim como os personagens centrais: o cara caladão que veio do fundão e vai revolucionar tudo, a jovem de classe mais abastada com boas intenções sociais e alguma inocência sobre as regras do jogo político em que se meteu (obviamente eles viram casal e trepam) e os arquétipos político-militares que sustentam a ordem social nesse tipo de nação.
O Explorador (Legrand/Rochette, 1999) e A Travessia (2000): como o primeiro roteirista já tinham morrido, decidem escalar outro pra continuar a história e fazer as segunda e terceira partes. O traço evoluiu, assim como as técnicas de aplicação de tons de cinza. Temos também outro trem (ué, não era pra ter um só?), maior, já que o trem anterior não tinha mais condições de seguir história :P Também temos uma reciclagem mais modernosa dos personagens e do microcosmo: a vida no fundão não parece ser tão ruim, o mocinho ainda faz parte da margem da sociedade, mas a vida não parece ser tão fodida quanto na versão anterior; a mocinha agora é artista e filha do chefe, obviamente com traços de rebeldia, ainda assim tolerada e amada pelo pai. Há um desenvolvimento maior de todo o cenário, mas não vai longe, assim como o roteirista evita investir na tragédia e fazer críticas sociais além do minimamente necessário (exceto aqui e ali, tipo os traidores serem militares e clérigos) (e temos lá a versão local dos terraplanistas :P): o foco está mais na aventura, dentro do que dá pra ter de aventura enfiado num trem preso num mundo a 87 graus Celsius, negativos.
(tá, to sendo injusta, às vezes o personagem até dão um rolê lá fora).
No fim, tudo sai dos trilhos, sem antes sabermos a ligação desse trem com o anterior.

Em tempo: Há uma quarta história, não lançada no Brasil. E o gibi virou filme, que não vi. Mas namorada viu, achou chato. De qualquer forma, deixo aqui o link pro trailler :P

# Veredicto: a viagem não é legal e quase que pedi pra descer.
# Bom: a idéia básica é excelente, de uma simplicidade invejável.
# Mau: Os personagens são bem rasinhos e a história conta bem aquém do que podia se contar - tanto em crítica social, tanto na sensação de se viver naquele veículo. Outro ponto bem negativão é a encadernação do gibi, uma leitura e está tudo começando a estourar =_=
280 páginas • R$59,90 • 2015 • veja no site da editora


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...e estou vendendo parte da minha coleção, veja a lista aqui



Paul Destino

(Paul Destine)
Paul Destino era um americano que descobriu o Capacete do Poder na Antártica, e, para testar as capacidades do elmo, destruiu a civilização atlante sob aquele continente, provocando a morte da princesa Fen, mãe do Príncipe Submarino (veja Namor). Destino também foi responsável pelo período de amnésia vivido por Namor, quando este vagou por Nova Iorque como um vagabundo, até ser descoberto por Johnny Storm, o Tocha Humana (veja Tocha Humana). Procurando o vilão e localizando-o sob o disfarce de um político - Destino pretendia escravizar toda a população dos Estados Unidos -, o Príncipe Submarino combateu-o até que, no final, o vilão, que fora criado por Roy Thomas em 1967, perdeu a vida.


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Pássaro Trovejante

(Thunderbird)
John Proudstar nasceu na reserva apache de Camp Verde, Arizona. Durante sua infância e adolescência, ele sempre se mostrou um atleta excepcionalmente forte e vigoroso. Sua força mutante sobre-humana manifestou-se pela primeira vez quando, aos 20 anos, conseguiu lutar e derrotar um bisão para salvar uma criança em perigo. Esse feito concedeu-lhe fama entre os habitantes de sua tribo na reserva, mas a verdadeira natureza de suas habilidades permaneceu obscura até que Charles Xavier o descobriu (veja Charles Xavier). Utilizando CÉREBRO, seu computador localizador de mutantes, Xavier encontrou Proudstar e implorou que ele o ajudasse a resgatar os X-Men originais de uma terrível ameaça na ilha Krakoa. Essa missão de resgate uniu John a seis outros mutantes contactados pelo Professor X, fato que deu origem aos Novos X-Men. Xavier concedeu então ao jovem índio o cognome de Pássaro Trovejante. Contudo, ele não teve vida longa, vindo a falecer na missão seguinte executada pelos X-Men. A equipe mutante havia sido enviada ao Colorado para combater o Conde Nefária (veja Conde Nefária). Assim que o supergrupo conseguiu arruinar seus planos, o vilão tentou escapar numa pequena aeronave. Pássaro Trovejante conseguiu agarrar-se ao aparelho quando este decolou e, louco por vingança, atravessou a cabine, provocando um incêndio que o matou. Criado por Len Wein e Dave Cockrum em 1975, John possuía superforça e uma incrível capacidade de resistência, era capaz de erguer até duas toneladas e correr a uma velocidade de até cinquenta quilômetros por hora.


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"Resenhas" rápidas: Astro City: O Anjo Maculado • Astro City: Heróis Locais • Astro City: A Era das Trevas 1 - Irmãos & Outros Estranhos • Astro City: A Era das Trevas 2 - Irmãos em Armas • Um Vento À Porta

Com monte de resenhas atrasadas, decidi por em dia comentários sobre Astro City, que estou lendo tudo em ordem na medida que tenho tempo :P
E como ainda tenho alguns volumes para ler, vou deixar aqui um índice das resenhas anteriores da série:
Vida na Cidade Grande
Confissão
Álbum de Família

(o título desse post não deve caber no twitter....)



• Astro City: O Anjo Maculado (de Kurt Busiek e Brent Anderson): Minha última releitura (já tinha lido edição de outra editora) antes de entrar em terrenos desconhecidos de Astro City. Mas faz tanto tempo que mal me lembro dos detalhes. Na primeira história somos apresentados à Carl Donewicz, morador de bairro pobre, que na vida rumou ao crime, virou supervilão (porque em Astro City isso é possível) e acabou 20 anos preso. Agora, fora da cadeia quer recomeçar a vida, longe de encrencas.
Mas quem quer dar emprego honesto à um ex-presidiário, ainda mais com pele cromada e blindada? :P Com o passar das páginas, ele volta ao antigo bairro, onde residem outros que seguiram a carreira de supervilão e suas famílias, e lá ele é contratado pela comunidades para descobrir quem é que anda assassinando super-criminosos e membros da comunidade.

# Veredicto: quando recomecei a ler, admito que não lembrava se tinha gostado ou não da história. Com o passar das páginas eu estava "putz, como me esqueci dessa história??"
# Bom: além da construção ótima e caracterização dos personagens, dois temas foram bem trabalhados, pra mim: um é a ilusão do dinheiro fácil, o de "vou sair dessa vida depois do próximo trabalho que vai resolver tudo". Outro, menor aqui, é o peso da decadência, da dor de perceber que nunca foi tão bom assim, o desespero em fugir da sensação de fracasso.
# Mau: desperdício de um personagem interessante e o vilão até que é bem construído, mas é meio mequetrefe :P
196 páginas • R$25,90 • 2016 • veja no site da editora



• Astro City: Heróis Locais (de Kurt Busiek e Brent Anderson): Mais um volume de histórias curtas passadas em Astro City, nos moldes de Vida na Cidade Grande e Álbum de Família:
• A cidade pelo ponto de vista de um funcionário de hotel da cidade, que recepciona novos visitantes ao estabelecimento e à cidade em "Recém-Chegados". A história do profissional é mais legal que a dos hóspedes que ele pinça naquele dia, mas o melhor é o arco sutil que surge sem te avisar na segunda página e te surpreende sendo fechado na última.
• Como é trabalhar com gibis de super-heróis numa cidade povoada de superseres? Em Busca de Ação é trágica, engraçada e a melhor história da revista.
Altas Expectativas é bem contada, mas o tema de alguém que finge/atua ser um (super-)herói ter de encarar a coisa real é meio batidinho já.
• Me lembrei das velhas histórias do Super-Homem/Superboy dos anos 60 em que a personagem feminina (Lois Lane ou Lana Lang) vivia correndo atrás do herói para desmascará-lo. Em Armadura Brilhante o tema é extrapolado ao realismo e... o autor mostra o quão infantil era esse tipo de enredo e seus personagens.
• Moça da cidade vai ter férias a contragosto no interior em Pastoral, com seus preconceitos e descobertas. Sim, tem um super-herói local, mas não curti tanto essa história (apesar de ser a preferida do cara que escreveu a introdução do gibi).
• Um advogado colocando no tribunal a lógica de um mundo em superpoderes existem (leia-se controle mental, clones, seres imortais...) pra livrar a pele do filho de um gangster culpado até o último fio de cabelo. A história é contada em duas partes (Bata na Madeira e Sistemas de Justiça) e também é um dos pontos altos do volume.
Tempos Idos mostra um velho herói sendo colocado à contragosto numa batalha por causa de um ex-aliado "normal" que no fundo queria um retorno aos velhos tempos em que ele também era alguém.
• e, pr fim, "Depois do Incêndio", uma história curtinha que pelo jeito foi feita às pressas pra homenagear os bombeiros e outros profissionais que se perderam no Onze e Setembro.

# Veredicto: mais um punhado de histórias curtas e vão se acabar os arquétipos de "cidadão normal" para o Busiek trabalhar :P Birra à parte, o saldo é positivo, tem pérolas aqui, mesmo achando que o autor se dá melhor em histórias mais longas.
# Bom: quando o absurdo de viver em um gibi é colocada de forma cotidiana e os personagens lidam com isso de forma natural :)
# Mau: algumas histórias se sairiam melhor se fossem desenvolvidas com mais páginas, mesmo como trama secundária num arco maior.
260 páginas • R$28,90 • 2016 • veja no site da editora



• Astro City: A Era das Trevas 1 - Irmãos & Outros Estranhos (de Kurt Busiek e Brent Anderson): E aqui começamos o maior arco de histórias já feitos em AC: esse volume se passa nos anos 70 do século passado, centrado em dois irmão, sendo que um se tornou policial e o outro foi pra malandragem e pequenos furtos. Aquele tenta se manter honesto, e às vezes tem de lidar com super-heróis dificultando seu trabalho na polícia, este tem como princípio não matar, mesmo se envolvendo em gangues controladas por supercriminososos. Paralelo a isso temos a tensão do fim da guerra do Vietnã e do governo Nixon, além do julgamento de um grandes heróis daquela cidade, além do desenvolvimento (acompanhados meio à distância) de vários outros personagens, vários já apresentados nos volumes anteriores.

# Veredicto: É um dos pontos altos da série =)
# Bom: a caracterização da época está linda de convincente, os personagens centrais cativam o leitor e a construção do mundo é invejável.
# Mau: em todo um subtexto sobre pena de morte... e a irreversibilidade dela ao descobrir a inocência do condenado. Isso é feito de forma meio jogada, e o roteirista faz uma pequena trapaça permitida pelo gênero que é até interessante, mas tira o impacto, ou não trabalha isso direito.
260 páginas • R$28,90 • 2016 • veja no site da editora



• Astro City: A Era das Trevas 2 - Irmãos em Armas (de Kurt Busiek e Brent Anderson): Estamos nos anos 80 e nossos personagens em vez de estarem na margem do super-heroísmo, se jogaram nas fronteiras internas dele: o policial vira agente de uma super-agência governamental (nos moldes da Shield) e o malandro se infiltra numa super-organização terrorista de gibi, tudo para caçarem pelo mundo o homem que matou seus pais.
É uma história sobre a obsessão por vingança, tanto dos personagens, quanto da sociedade, mas tem tanta coisa colorida acontecendo em torno que o tema perde oportunidades de impactar o leitor. O fim (epílogo incluso) é previsível, mas ao menos é simpático, depois de tanta tensão e de gente fazendo cara de mau.

# Veredicto: A parte final dA Era das Trevas é bom, mas aquém à primeira - tanto na caracterização de personagens, de época e abordagem de temas.
# Bom: a crítica da sociedade em ficar buscando culpados para eliminar, e a consequência disso (você nunca sabe se você pode ser o próximo bode expiatório) é uma boa metáfora.
# Mau: super-heróico demais, os irmãos tinham vários elementos no volume 1 que podiam ser retomados de forma interessante, mas que foram simplesmente deixados pra lá em nome da vingança :P E, por causa do ponto de vista das histórias bem fixo, algumas coisas vitais acontecem lá longe e só temos a vaga idéia do que aconteceu. Às vezes isso é frustrante =p
244 páginas • R$34,90 • 2018 • veja no site da editora



• Um Vento À Porta (de Madeleine L'Engle): Continuação de Uma Dobra no Tempo: nela nossa protagonista encontra estranhos seres para brigar com seres mais estranhos ainda, indo para num mundo microscópico dentro das mitocôndrias do irmão para salva-lo. Parece legal? Na capa li com desconfiança e não me decepcionei: não gostei e não recomendo.

# Veredicto: comecei o terceiro livro e se ele não me interessar, dropo a série toda.
# Bom: o conceito visual do querubim, Proginoskes =)
# Mau: o livro fica tão abstrato e descativante que em certo ponto que não estava mais me importando com trama, personagens, objetivos, só queria chegar ao fim daquilo logo. Outro ponto é que pelo jeito a autora não sabia terminar livros e, pra completar, ela faz seus personagens darem chocolates pra um cachorro (o alimento é tóxico pros bichos....)
224 páginas • A Wind in the Door • edição de 2018 (livro de 1973) • veja no site da editora


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Pantera Negra

(The Black Panther)
Quando Tchaka, rei da nação africana de Wakanda, foi assassinado pelo Garra Sônica, um vilão caçador de marfim que buscava apoderar-se de todo o metal Vibranium existente na região (veja Garra Sônica). Tchalla, o filho adolescente do monarca, jurou vingança. Com muito esforço. ele conseguiu destruir os planos do criminoso e expulsa-lo do reino. Enviado pelos anciãos de sua tribo para estudar na Europa e América, Tchalla retornou a sua terra natal com um diploma de Física para assumir o manto de soberano. Aplicaram-lhe, então, dois testes: vencer seis dos melhores guerreiros de Wakanda em combate e obter a erva sagrada, que tem a forma de um coração, e pode conceder grande força física, bem como ampliar enormemente os sentidos do ser humano. Passando em ambos os testes, Tchalla pôde vestir o uniforme cerimonial da Pantera Negra, símbolo sagrado de seu povo. Assumindo a identidade do imponente felino selvagem, ele até hoje tem protegido sua terra de invasores, tomando Wakanda uma nação rica e extremamente tecnológica. Criado por Stan Lee em 1966, o herói ocultou toda a sua parafernália tecnológica sob o reino, mantendo, na superfície, as cabanas primitivas do povoado. Apesar de já possuir grande força e agilidade naturais, Tchalla teve todas as suas capacidades ampliadas a um nível quase sobre-humano pela erva sagrada.


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Dicionário Marvel - índice: O

Página 143: OdinOroro


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Acumulação de gibis: novembro/2019

Série de posts em que deduro meu consumismo e tento (tá difícil) tomar vergonha na cara =P
Posts anteriores: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro.

Nacionais:
4 de novembro
O Doutrinador, Os Desviantes, Santo e Pérola: títulos de uma editora nacional. Clique nos nomes para ler as resenhas :P
• Hokuto no Ken #4: mesma opinião que aqui. (18 volumes, ao que tudo indica)
12 de novembro
Relógio do Juízo Final #7: mesma opinião que aqui (12 edições)
Slam Dunk #19: mesma opinião que aqui (31 volumes)
One Piece #91: mesma opinião que aqui (93 volumes até agora, rumo ao infinito e além)
The Ancient Magus Bride #7: mesma opinião que aqui(12 volumes publicados até agora)
A Casa dos Sussurros e Os Livros da Magia: mesma opinião que O Sonhar e Lúcifer, aqui.
Jojo's Bizarre Adventures (Stardust Crusaders) #1: mesma opinião que aqui (esse é o terceiro arco de oito, que tem 10 volumes)
24 de novembro
Estranhos no Paraíso #3: mesma opinião que aqui (6 volumes)
Fruits Basket #2: mesma opinião que aqui (12 volumes)
Dick Vigarista & Muttley: continuando as releituras dos personagens da Hanna-Barbera pela DC. Certeza que essa edição em específico também será uma bomba......

Importados
24 de novembro
Avengers & Power Pack: Assemble!: fechando uma velha coleção, depois de anos, muitos anos. Power Pack (ou "Quarteto Futuro", por aqui) é tipo um grupo de super-heróis infantis da Marvel. Apesar que na cronologia "padrão" da editora as coisas não sejam exatamente essas, há um tempo atrás fizeram um punhado de séries curtas e simpáticas, num gostoso traço mangá. Parte desse material foi lançado por aqui, mas bem o comecinho, e depois saí caçando os encadernados que, curiosamente, saíram em formatinho nos EUA.

Leituras de novembro
• Astro City 5
• Astro City 6
• Beasts of Burden: Cães Sábios e Homens Nefastos:
Doutrinador
Pérola
Os Desviantes
Santo
• Jojo's Bizarre Adventure: Battle Tendency 3



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...e estou vendendo parte da minha coleção, veja a lista aqui

Mushi de ponta cabeça - parte onze

Na última postagem sobre a viagem, comentei que estava esperando um amigo: o Minase. Mas, antes de falar desse assunto, queria acrescentar que esqueci de acrescentar naquele texto (que foi em 2017... já virou tradição demorar séculos entre elas =_= Mas, convenhamos, 2018 foi um ano comedor de cérebros) esse mapinha aqui indicando os lugares das fotos :P


norte à direita: a) Torre de Kyoto b) estação de trem
c) "rua do lado direito da torre" d) McDonalds :P






Voltando ao Minase, por volta de 2010 comecei a conversar por e-mail com ele, um japonês da região de Osaka. Nem lembro exatamente porque o contatei... ou se fui eu que o contatei, mas bem provável que sim: ele tem/tinha um mangá em português e por conta disso devo ter mandado a primeira mensagem, cheia de curiosidade.
Entendam: ele não é um falante do português, só está(va?) aprendendo nosso idioma por conta própria no tempo livre dele =) E já que eu tava indo pros lados dele, marcamos de nos encontrar.

Entreguei alguns presentes...
...que estão nessa foto, atrás da garrafa de água: um mini-Aurélio (com CD), bombons da Garoto (pedido dele) e da Nestlé (acrescentei :P), e fomos comer, porque ainda era manhã e tínhamos muito para andar.





Bom, no Sine Qua Non mais recente fiz uma pequena HQ contando o que aconteceu assim que nos encontramos e fomos pro restaurante:







...e foi bem isso :P A gente tentou conversar enquanto comíamos (como fã de Ranma½ sempre tive curiosidade com okonomiyaki - é tipo um omeletão, no fim das contas :P) e quando terminamos, na saída, todo mundo tava prestando atenção no esforço da gente. Até o "tchauzinho" do povo aconteceu :)





De lá, caminhamos (acho, não confiem em minha memória, o mapa diz que foram quase 3km) até o Santuário de Yasaka, o primeiro dos templos que fomos:

No caminho pro templo, vi pessoas passeando e conversando às margens do rio Kamo. Surpreendente para alguém que veio de uma cidade que só tem rios mortos :(





É público e notório que estes posts estão atrasados demais (poxa, eu fui pro Nihon em 2011! Vocês nem eram nascidos ainda!!). Uma das tristezas é conferir os locais no Google Maps (e, sim, tive a pachora de marcar cada foto de Kyoto no mapa antes de fazer este e os próximos posts) e ver que alguns lugares mudaram bastante desde que passei lá. Me deu a estranha sensação de que o lugar que passei uma só vez não existe mais. No caso, as fotos acima, a primeira fui eu quem tirei de uma esquina enquanto andávamos (SEMPRE me chamou a atenção a ausência de calçadas em vários locais)(fora a barafunda de fios) e a seguinte é o mesmo local no aplicativo daquele site de buscas lá....





A seguir, fotos dos prédios do complexo do templo em si...








...e meu trajeto lá dentro, reconstituído graças ao Google Earth e TOC de organizar tudo quando encasqueta de faze-lo:



Europa 2012
antes de tudo (I)antes de tudo (II) e dali eu passei X)Finalmente em Berlim, mas... vamos falar do metrô? -_-'Berlin, AlexanderplatzIntervalinhocontroladamente perdido.até a Ilha dos Museus (e não entrar lá :P)Back in the DDREntre a ilha e o portão

Japão 2011
Antes: sRViajo ou não viajo pro Japão?Prova do crimePreparação de viagem0
29/04: 1230/04: 345Sobre namorar japonesas no Japão...
01/05: 66 tão esperando ainda?789de ponta cabeça.... mesmo? A verdade revelada!!
02/05: 1010½11


Também viajei mas não falei muito ainda: Peru 2014Europa 2015Chile e Argentina 2017

2019/11/11 22:21 · mushisama · 0 Comentários

Sobre dar esmolas, ser cristão e alguns pastores no twitter: uma colagem de versículos

Essa semana caiu no meu radar uma série de tweets de suposto pastor sugerindo NÃO dar caridade a mendigos. Pelo que vi são parte da divulgação de um livro - e, pra não fazer propaganda do que não concordo, não linkarei os tweets nem darei o nome do autor :P Dois minutos de google e você acha quem foi e até mais coisas doque achei ^^

E como ando ultimamente nadando e me afogando nos evangelhos, vou dar alguns comentários em cima do que o carinha acima disse, me baseando nas palavras que li nas palavras dAquele que o tal pastor supostamente segue. Lembrando vocês aqui que 1) religiosamente estou no catolicismo não-praticante (ou, como brinco, "catolicismo turista", porque praticamente só entro em templos quando turisteio) (e quando dou "oi" pra Deus na Sé, aos sábados) e 2) circulo muito pelos escritos de Marcos, Mateus, Lucas e João, mapeando, dissecando e estudando o que foi escrito ali, mas me perco fora desse território, e me perco mais ainda no Antigo Testamento. Imagino que as palavras do Filho do Dono devem valer mais que a de todos os outros personagens bíblicos somados :P
Os tweets originais estão em azul, versículos em vermelho, o restante dos escritos daqui pra baixo é culpa minha.



"Você ajuda a devolver o senso de dignidade quando cobra que a comida seja merecida, que o sustento seja alcançado. Se você troca comida por algum tipo de serviço, a comida vira uma recompensa menor. O senso de alcance e merecimento é muito mais importante que o alimento em si."
Mateus 5:42 Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.
Lucas 6:30 E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir.
Notem que Jesus não põe condicional a quem dá esmola, dá a quem te pedir. Na verdade, Ele diz até não negar nem pro ladrão :P



"Quando damos comida em troca de nada, pensamos estar realizando um ato de amor e bondade, cremos praticar algo cristão, manifestando desprendimento financeiro, mas deixamos de dar o maior bem que um mendicante precisa: a sensação de conquista do próprio bem."
Bom, como falei acima, dar sem pedir nada em troca é algo cristão. Exceto se teu cristo seja outro que não to afim de conhecer.

Lembrei de um exemplo: numa das multiplicações dos pães e peixes (são duas), tem isso aqui:
Mateus 15:32 E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho.

As pessoas estavam com fome, e Ele acabou por dar comida de graça pra multidões. Não pediu pediu bens materiais nem morais em troca. Fim.



"Se houver muita gente que cobre algo em troca do pão, de pão em pão o homem percebe que esmola gratuita é pior que fome. O que temos que fazer é parar de oferecer paliativos para oferecer soluções."
Bom, isso aqui já é rebatido pelo que apontei antes.

Ah, concordo que temos de oferecer soluções em vez de paliativos, mas é fácil dizer isso de barriga cheia. Não se ensina alguém que está sofrendo, primeiro você cura o sofrimento dela.



"Enquanto oferecemos paliativos, damos uma estrutura de incentivo à permanência e até o absurdo atrativo a miséria. É preciso deixar os paliativos impessoais e irrestritos e passar a dar soluções consideradas e personalizadas para cada pessoa."
João 12:8 Porque os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
:PPPPP
E, de qualquer forma, temos tínhamos programas para erradicação da pobreza e da fome, mas o povo do "tem de ensinar a pescar, não der o peixe" está se esforçando em acabar com tudo.

Por sinal, tá na mesma passagem de João citada acima, sabe quem fazia que ajudava os pobres mas ficava com o dindin pra ele?
12:4-6 Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse: Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?
Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.

Ok, tá meio torto pro contexto, mas o mundo tá cheio de gente falando "por que você não faz X em vez de Y, que é melhor?" e você para de fazer X e Y não dá certo porque parece fácil à primeira vista mas demanda recursos que você não tem.



Pra encerrar essa colagem mal-feita de versículos, encerro com Mateus:
25:41-46
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda:
Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
Porque tive fome, e não me destes de comer;
tive sede, e não me destes de beber;
Sendo estrangeiro, não me recolhestes;
estando nu, não me vestistes;
e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
Então eles também lhe responderão, dizendo:
Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
Então lhes responderá, dizendo:
Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.


....e desculpe qualquer interpretação errada.



notas:
1) lembrando que estar à esquerda de uma pessoa pode te colocar à direita dela, é questão de ponto de vista ;)
2) queria ter o desprendimento de doar sem julgar como é exigido. É um exercício difícil. (Mateus 19:21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.)
3) alguém lembra do anime Super Aventuras falando da "Flor de Cosmos"?
4) as traduções foram tiradas do site Bíblia Online - http://bibliaonline.com.br/
5) é, não encerrei esta colagem de versículos como disse ali em cima, mas achei necessário pontuar isso aqui: Mateus 6:2-4 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente, isso aqui Mateus 23:12 E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado e isso aqui também Lucas 17:10 Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer Não sejam como essa pessoa citada aqui, que quis "fazer o bem" pra ganhar agora o prêmio de ser elogiada :P

2019/08/18 19:03 · mushisama · 0 Comentários

Fighting Fantasy - the Synoptics

Faz tempo que não falo de meu projetinho com o Evangelho aqui, mas ele segue de vento em popa: continuo colocando os quatro evangelhos em paralelo (estou na reta final de Lucas agora, depois só falta João), comprei livros pras fases posteriores e come{ce/t}i um mini-projeto derivado desse que está na beira da heresia - e é dele que vou falar aqui rapidin :P

Vocês conhecem livros-jogo ou ao menos o conceito deles? São aqueles livros em que você "faz a sua história", em que você em determinados pontos do enredo tem de escolher para seu personagem vai ou que vai fazer, diversas vezes, tipo ir pra direita ou pra esquerda numa bifurcação no caminho, criando assim o enredo do livro e o destino do protagonista.
Então... fazendo estes paralelos entre Marcos e Mateus e Lucas e João, tive várias vezes a sensação que os narradores dos sinópticos (Marcos, Mateus e Lucas) ficaram escolhendo para onde ir a cada cena: eles aparentemente se copiaram, mas se sentiram livres para mudar a ordem, incluir, suprimir fatos. E mantiveram bastante texto em comum no fim das contas. Já João, parece ter pego um jogo diferente na loja
...então decidi "remontar" o texto dos evangelhos no formato de livro-jogo, pra enfatizar as diferenças e semelhanças entre as passagens paralelas, e escancarar as encruzilhadas narrativas que enxerguei nestes livrinhos de quase dois mil anos. É esse meu mini-projeto, que acho que termino antes do projeto grandão, o dos paralelos.

Espero que não acendam fogueiras ""



Entendam, meu cérebro funciona assim. Me divirto organizando e escavando informação, e é isso que estou fazendo agora. Talvez seja inútil, talvez eu esteja refazendo algo que já foi feito antes e melhor, talvez eu ajude alguém a ter uma idéia teológica ou histórica, talvez até linguística (não sou especialista em nenhuma das três áreas), mas isso é só algo que sinto prazer em fazer. Faz parte do meu jeitinho.

Um adendo meio saindo do assunto: traduções tem direitos autorais, mesmo as da Bíblia. Preocupada com esse viés que pode me dar problemas, procurei uma tradução livre das Escrituras e encontrei esse projeto, Bíblia Livre, (que inclusive que tem um texto explicativo bem legal), que não sei se é boa, mas ao menos tem versões de acordo com o texto crítico e o recebido, o que é um bom sinal - traduções antigas pro português e já em domínio público geralmente são derivadas apenas do Textus Receptus.
Fica a dica.

Sobre esses posts(Natal)Marcos 1Marcos 1, de novoMarcos 3Marcos 5

2019/06/16 11:50 · mushisama · 5 Comentários

Marcos 5

Quando me falam em seguir a Bíblia ao pé da letra, ou que ela não erra, me lembro disso daqui - quando os narradores não concordam entre si:


clique pra ver maior


Marcos e Lucas falam de um homem em Gadara. Mateus fala em dois¹ homens, e em Gergesa.
...temos discrepâncias, né?
Pra mim, isso põe por terra isso do texto não errar: é um lugar ou outro, é uma pessoa ou duas. Não existe endemoniado de Schrödinger, acho eu.



E, dependendo do manuscrito em grego em que a tradução se baseou, o nome do lugar onde aconteceu a passagem varia: na tradução acima, baseada no Textus Receptus, Mateus fala em gergesenos, Marcos e Lucas em gadarenos. Outras traduções, geralmente baseadas em texto crítico, é Mateus falando na terra dos gadarenos e os outros dois na terra dos gerasenos. E, segundo a Wikipédia, existem outras variantes, mas não vou ficar listando aqui porque são quase 2 da manhã e não dormi ainda =P

(acabei dormindo e fui pesquisar as outras duas variantes que apareceram: "gazarenos" e "garadenos". Pelo que lo googleando rapidinho, primeiro termo aparece em Daniel, as vezes traduzido como "adivinhadores". O segundo parece ser variação de gadarenos)(me lembrem de não fazer mais estas pesquisas doidas, eu me prometi NÃO fazer isso porque empaca os ânimos de colocar coisas no blog :P)

Bom, e onde ficam estes lugares?

(odeio textos pro blog que prometem ser simples e de repente estou tentando ler em grego² e caçando localidades no Google Earth antes de digitar a primeira palavra)

Sim, claro, fiz o tal do mapinha, já mostro.
Mas, antes, talvez seja bom resumir a passagem inteira, já que só destaquei os primeiros versículos da cena: Jesus e trupe saem de Cafarnaum³ (segundo Mateus. Lucas e Marcos não deixam tão claro), entram num barco e atravessam o mar (ou lago...). Lá encontram um(s) cara(s) endemoniado(s), Jesus expulsa os demônios, os deixando possuir uma manada de porcos, que se jogam no mar e morrem. Assim, o(s) carinha(s) é curado da possessão, mas os nativos dessa região começada com "G" ficam apavorados e pedem pra Jesus ir embora, com apóstolos e tudo o mais. Fim.
Dito isso, o mapa:

clique pra ver maior - notem que o norte não está para cima

...e digo uma coisa: os porcos endemoniados de Marcos e Lucas correram pra diabo uns 10 quilômetros para se afogarem. Ou 50, dependendo da fonte :P



O texto ficou tão chique que tem até nota de rodapé:
¹: vou falar isso noutro texto, mas Mateus duplica os personagens das passagens pelo menos três vezes :P
²: por causa das primeiras versões do meu código, que roubou várias letras gregas, até que consigo ler alguma coisa, mas nada de entender. É tudo grego pra mim.
³: Cafarnaum ficava a casa de Jesus, de Pedro, trocentas passagens aconteceram ali e nos arredores. Até amaldiçoada a cidade foi, mas poucas pessoas se lembram dessa cidade :P

Sobre esses posts(Natal)Marcos 1Marcos 1, de novoMarcos 3

2019/02/16 23:10 · mushisama · 1 Comentário

Marcos 3

Sei lá se preciso avisar: essa série de posts obviamente não vão ser pra todos os capítulos dos quatro (ou cinco :P) evangelhos, mas só os que acho coisas interessantes - ao menos para mim^^...



Expectativa: "ao menos os autores do sinópticos vai respeitar a ordem dos apostolos".
Realidade:

clique pra ver maior


Mateus muda a ordem em relacao a Marcos - se a gente ticar a ordem de Marcos contando de um a doze, Mateus seria:
1-3-4-2-5-6-8-7-9-10-11-12 (André é movido pra junto de Pedro, Tomé e Mateus mudam de lugar)

Lucas segue nenhum dos dois:
1-3-4-2-5-6-7-8-9-11-10-12 (André é colocado com o irmão, e o outro Simão (que não é Pedro) troca de lugar com Tadeu, que descobrimos aqui que era Judas também, e fica com o nome do lado do xará traíra)

(não vou reclamar aqui da divisão de capítulos e distribuição de nomes, já que essa é uma tradição bem recente)

João, o "do contra" põe lista nenhuma, e só fala em Doze, mas não diz quem são :P

E, nos Atos, também escrito por Lucasm, tem mais uma listagem, sem Judas:
1-2-3-4-5-7-8-6-9-11-10 (curiosamente André volta pra posição em Marcos... Bartolomeu é jogado pra depois de Tomé e o evangelista de manter um Judas no fim da lista =p)



Mais umas coisas evidentes:
• dois Simões: Simão Pedro e Simão Cananita (Lucas chama ele de "Zelote")
André era irmão de Pedro (Marcos omite isso na lista)
• filhos de Zebedeu: Tiago e João (Lucas omite isso na lista. E Marcos fala que Jesus os apelidou de Filhos do Trovão - Boanerges)
• filho de Alfeu: Tiago (outro :P)
Marcos fala em Tadeu, Mateus fala que esse nome é apelido de Lebeu. E Lucas chama essa pessoa de Judas, e que era irmão de Tiago, mas não é citado na lista como filho de Alfeu....
• só Mateus chama a si mesmo de "publicano" =P~
Filipe, Bartolomeu, Tomé e Judas Iscariotes passam sem maiores informações familiares =p



Nesse trabalho to fazendo o trabalho fácil pegando o copy/paste direto, a wikipedia ajuda muito. Mas tem coisas q assim mesmo são chatas porque os versículos tem inversões, mesclagens, embaralhamentos etc. (fora q as vezes quero pegar coisas menos óbvias, especialmente de João, para por na tabela.

....Aí me vejo falando q é um trabalho infern... não, pera. Ou "trabalheira do cã.... ooops". 'que coisa tinhos.... parei'. =p

Sobre esses posts(Natal)Marcos 1Marcos 1, de novo

2019/01/06 13:06 · mushisama · 4 Comentários

Marcos 1, de novo

Mais um cadin de coisa que esqueci de comentar no post anterior: é bem evidente que os autores dos sinópticos andaram se copiando, o consenso hoje parece que Marcos fez a lição de casa primeiro, depois Mateus e Lucas pegaram o trabalho alheio com outras fonte. Há também a tradição, que diz que Mateus veio primeiro e Marcos fez um resumão.
Mas o que achei interessante é que os evangelistas não se seguiram linearmente: além de cortes e inserções, a tabela que estou montando me mostrou que os autores também brincaram de embaralhar as passagens do texto alheio, assim:


confesso não ser a melhor pessoa pra fazer gráficos

• Mateus insere texto equivalente a Marcos 1 a partir do capítulo 3, continua seguindo no capítulo 4 e pula pro capítulo 8... mas aí ele inverte a posição de alguns versículos de Marcos: o que vem antes vai pro fim e vice versa.
• Lucas copia Marcos a partir do capítulo 3 também, segue pro capítulo 4, vai pro 5, depois volta pro 4 (se seguirmos a ordem dos versículos de Marcos 1) e volta mais uma vez pro capítulo 5.
• Já João segue, do seu jeito, o começo de Marcos 1 no seu primeiro capítulo, depois se afasta e vai contar a história do jeito dele.
Nessa brincadeira, muitos fatos mudam de ordem, fora que alguns ganchos para cenas seguintes tem resultados totalmente diferentes de um evangelho pra outro XD




Aproveitando a audiência, queria deixar expresso que meu foco aqui é de como estas narrativas estão estruturadas (e como foram remontadas). Não tenho conhecimentos nem autoridade religiosa, nem de história, muito menos de língua grega - que seriam ideais para uma análise melhor ainda, apesar que muito já se fez nos estudos destes textos, muito além da imaginação de uma reles joaninha.
Os textos bíblicos estou pegando da Bíblia Online (mas, eventualmente, terei de caçar uma tradução em domínio público) e estou lendo e pesquisando bastante sobre formação destes textos - é um assunto que me entrete, mas tento não passar do limite em que deixa de ser diversão :P)
Por fim, essa semana me chegou essa coisa linda aqui que vai me ajudar num segundo momento nesse jogo de por textos sagrados em paralelo:

é grego, mas na outra página tem dupla tradução em inglês^^

2018/12/30 21:28 · mushisama · 0 Comentários

Marcos 1

Como prometi, comentários aleatórios* sobre o mapeamento dos evangelhos que estou fazendo =p E vou começar por Marcos por ser o mais curto dos 4 evangelhos (e, por isso, ter terminado bem antes de todos o "quem/quando/quem/o quê") e por ser considerado o mais antigo e que provavelmente foi fonte para os textos de Mateus e Lucas...


cliquem pra ampliar e talz - cada coluna é, respectivamente: Marcos, Mateus, Lucas e João



...bom, o print mostra como os três evangelhos (chamado de sinópticos) são bem alinhadinhos, tanto na ordem dos fatos quanto no tema. Já João, de outra tradição mais tardia, é do contra e muda toda a história do rolê :P




Vou deixar estes gráficos aqui, pegos sem autorização do blog Irreducible Complexity (que, se não me engano, é ateu^^), cujo autor também peguei o mais texto natalino da geladeira =p



Vermelho: material exclusivo de Mateus
Verde: Marcos
Azul: Lucas
Amarelo: material que só tem em Mateus e Marcos
Magenta: Mateus e Lucas (geralmente associado à fonte Q)
Ciano: Marcos e Lucas
Preto: material comum a todos os sinópticos.

....

Já o gráfico abaixo é João:



...onde bege é o texto exclusivo desse evangelho, que realmente é bem diferente dos demais :P




* (e preciso mesmo parar de fazer superproduções pro blog e improvisar textos random sobre o que me interessa no momento, que também é random)

2018/12/28 21:13 · mushisama · 3 Comentários

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