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Rocha Lunar

(The Moonstone)
Byron Bectron foi contratado por um colecionador para roubar uma rocha lunar em exposição no museu de uma universidade. Assim que se apoderou da pedra, ele percebeu que esta começou a brilhar em suas mãos, mas, neste momento, o local foi invadido por policiais que o pegaram em flagrante. Resistindo prisão, Byron atacou os guardas, e um deles disparou um tiro que acertou na rocha em sua mão. A pedra absorveu a bala e, no instante seguinte, desapareceu, tornando sua mão invisível e capaz de disparar rajadas de energia. Fascinado com o poder que havia adquirido, ele confeccionou um uniforme especial e assumiu o nome de Rocha Lunar, dando origem a uma promissora carreira de crimes. Contratado por Quentin Harderman para fazer parte do Comitê pela Defesa dos Princípios Humanos - uma organização criada para difamar o Capitão América (veja Quentin Harderman) -, ele acabou finalmente derrotado pelo grande defensor da liberdade. A dra. Karla Sofen, uma aluna do vilão conhecido como Dr. Faustus (veja Dr. Faustus) e renomada psiquiatra, foi designada, por diretores de um presídio, para dar uma solução ao caso de Byron Bectron, que estava custando uma fortuna para o presídio na manutenção de uma cela especial capaz de neutralizar seus poderes. Usando gás alucinógeno, ela fez Bectron acreditar que era um monstro e rejeitar a pedra da Lua que lhe conferia poderes. Quando Karla tocou na rocha alienígena, ela a absorveu em sua mão e obteve todas as capacidades que pertenciam a Byron. Enquanto a nova Rocha Lunar trabalhava para a Corporação, sua identidade foi descoberta e ela acabou capturada (veja Corporação). O primeiro Rocha Lunar foi criado por Mike Friedrich em 1973, enquanto Karla Sofen foi criação de Roger Stern em 1979.


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Tom Strong: Terror na Terra Obscura


(de Alan Moore e Chris Sprouse)


Segundo encadernado de Tom Strong, começa com uma aventura no velho oeste que no fim é alienígena (gostei), seguido de uma meio bestinha com as crianças da série e professores retrógrados (me lembrou vagamente um episódio de Caverna do Dragão, "A Cidade à Margem da Meia-Noite"). Tesla Strong, a filha dele, tem uma história vulcânica; Tom Strong volta numa aventura curta, com capa legal (imita os álbuns de Tintim), mas que soa requentamento de duas histórias do próprio personagem (ela lembra muito a dos Astecas e a do Homem Modular).

Continuando a profusão de histórias curtas, Dhalua (a esposa de Tom) conta uma história de seu passado, com traços místicos, e Tesla conta um confronto com uma vilã - o plot-twist no fim é divertido :). Tom conta uma esquisita história de seu passado, em que visitou a terra dos mortos. Por fim, ufa, Tom Strong visita uma terra alternativa de desenhos animados, depois Tesla tenta fazer o mesmo e dá ruim.

Ao fim desse bloco de várias historinhas, temos a história maior que dá nome ao encadernado: o equivalente de Tom de uma terra paralela vem pedir ajuda para salvar seu próprio mundo. Apesar de bem contada, é bem normalzinha demais para um personagem que começou chutando os roteiros óbvios. Mas é digno de nota que Alan Moore resgata do limbo uma série de super-heróis da Nedor, editora dos anos 40, que estão em domínio público faz tempo (inclusive, o nome do selo que publicava Tom Strong nos EUA, America Best Comics, é homenagem à uma das revistas da editora) e que aqui Tom nem se move pra impedir um colega em matar alguém que ele não mataria.

Acabou? Não! Tem mais histórias: uma em várias partes com personagens de tempos e dimensões diferentes, bem no estilo das antigas do Capitão Marvel/Shazam, seguida de uma humorística em que a família viaja para o espaço, imitando o humor inicial da Mad. Tem lá sua graça, mas Moore já tinha feito bastante uso desse recurso de imitar HQs antigas em Supreme, não precisa voltar a fazer isso :P Ainda nessa vibe "viagem espacial", temos outra que me pareceu um episódio requentado da série original de Star Trek. Por fim, finalmente, uma história de resgate num futuro distante.



# Veredicto: digno, mas aquém do primeiro volume

# Bom: a HQ no velho oeste é digna de estar no volume anterior, e tem a HQ propaganda de uma página só, 'divirta-se com quadrinhos!" que vale mais que várias nessa edição =P

# Mau: Moore se repetindo e pouco inspirado. É ainda melhor que muito autor, mas ninguém pode ter expectativas baixas com o barbudo.

196 páginas • R$27,90 • 2016 • veja no site da editora





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Rick Jones

(Rick Jones)
Apesar de bastante jovem, Rick Jones tem vivido uma vida tremendamente movimentada desde que conseguiu burlar a segurança da Base Gama para ficar sozinho com sua gaita de boca, tocando num lugar onde ele acreditava que não seria molestado. Como consequência de seu ato, o dr. Bruce Banner - um famoso físico nuclear que estava prestes a conduzir um teste com radiação gama na área em que se encontrava o rapaz - pediu a um de seus colegas, que na verdade era um espião, para interromper a contagem regressiva para o experimento até que o invasor fosse retirado do local. O espião, contudo, deixou que o teste tivesse inicio. Desesperado para salvar o jovem, o dr. Banner jogou-o em uma trincheira e recebeu uma tremenda dose de raios gama, fator que alterou toda a sua estrutura celular, transformando-o no incrível Hulk (veja Hulk). Sentindo-se culpado pelo que havia causado, Jones passou a seguir o monstro aonde quer que este fosse, sempre defendendo-o perante os outros e fazendo o possível para ajudá-lo. Quando, no inicio dos Vingadores, o gigante verde se aliou ao grupo (veja Vingadores), Rick se juntou à equipe também e passou a ser amigo de todos os super-heróis. Nessa época, ele criou a Brigada Juvenil, um grupo de rapazes espalhados em diversas partes do mundo que, comunicando-se através de radiotransmissores, auxiliaram muito os Vingadores em inúmeras missões. Mais tarde, quando o mundo ficou sabendo que Banner e Hulk eram a mesma pessoa, Rick foi obrigado a separar-se do monstro, indo agir como parceiro do Capitão América sob a identidade de um segundo Bucky (veja Bucky). A dupla, contudo, não deu certo. O Capitão Marvel, que na época se achava preso na Zona Negativa (veja Capitão Marvel), fez aparecer uma forma cintilante semelhante ao Capitão América para o rapaz. Quando este seguiu o "fantasma" até o interior de uma caverna, encontrou dois braceletes dourados deixados pela figura luminosa, que havia sumido. O jovem, instintivamente, colocou-os nos pulsos e sentiu algo impelindo-o a juntar os braceletes. Quando fez isso, Jones trocou de átomos com o Capitão Marvel, livrando o herói temporariamente da Zona Negativa. Durante vários meses, Rick viveu cedendo seu lugar na Terra, por um período de três horas, ao super-herói kree, até que Marvel, por fim, conseguiu se libertar da dimensão negra e voltar para a Terra. Com isso, Rick Jones se viu livre da obrigação de ter que passar horas amargas na Zona Negativa, enquanto o Capitão estava na Terra, e pôde dedicar mais tempo à sua promissora carreira de cantor, tutelado pelo empresário Mordecai Boggs (veja Mordecai Boggs). Criado por Stan Lee em 1962, atualmente Rick organizou uma nova Brigada Juvenil e, sempre que preciso, não deixa de auxiliar nenhum de seus superamigos.


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Tom Strong: A Origem


(de Alan Moore e Chris Sprouse)


Nunca tinha lido tudo de Tom Strong, mas conhecia o personagem através de edições soltas da Devir e Pixel: Tom é um herói à moda antiga, criado pelos pais para ser o ser humano perfeito (e é forte, longevo, e diria de bom caráter). Com o passar das décadas casou-se com Dhalua (um dos melhores casamentos inter-raciais que já li), teve filha, além de ter um mordomo robô e um amigo macaco inteligente. Ah, ele vive numa cidade de prédios altíssimos em que teleféricos são um dos meios de transporte normais.

Pra quem leu muito Alan Moore, a comparação é inevitável: se Miracleman é o Super-Homem descontruído e jogado no realismo; se Supreme vai no caminho contrário - o personagem respeita e homenageia inteligente todas fases do kryptoniano; Tom Strong é o Super antes de ser o Super: bebe nas antigas histórias pulp, em que fingiam fazer a ciência explicar os poderes e feitos do herói. Ah, sim, é também o que chamo de "Moore de bom humor": as histórias tem menos sombras, em todos os sentidos, que o usual do autor (Top 10 é outra HQ que coloco nessa etiqueta e espero que relancem, com todos os spin-offs).

Nessa edição temos a origem do personagem (mais apresentação do mundo e personagens secundários), o confronto com uma inteligência artificial auto-replicável e depois com uma civilização asteca transdimensional que pretende invadir a do personagem. Depois vem uma aventura em sequência em que ele enfrenta uma antiga rival nazista, uma entidade que dominava a Terra antes dos continentes se separarem ("uau!" pro conceito) e o retorno de um vilão clássico (que, num flashback, mostra que se utiliza de um conceito científico ultrapassado xD).



# Veredicto: divertido, inteligente. Faz a quarentena passar mais rápido :P

# Bom: Moore saca algumas idéias novas/diferentes em cima de conceitos científicos. E apesar de Strong ser bem porradeiro e andar armado, tem um caráter calmo e conciliador, um diferencial depois de uma década de metrancas gigantes, músculos sobre músculos e dentes rangendo. Ah, as críticas ao nazismo valem pra atualizade, infelizmente....

# Mau: vilã nazista fetichista, já vi muitas, viu? :P E nem era o Arthur Adams na melhor forma.

212 páginas • R$27,90 • 2016 • veja no site da editora





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Rino

(Rhino)
O homem que estava destinado a se tornar o vilão Rino, era uma pessoa comum e bastante musculosa que realizava diversos trabalhos para criminosos profissionais. Em determinado ponto de sua carreira, ele foi contratado por um grupo de espiões independentes, sem vínculo com nenhum país. Seus empregadores o escolheram para ser submetido a uma experiência, cujo propósito era criar um assassino superpoderoso. Os espiões o selecionaram devido a seu porte físico avantajado e inteligência curta o que eles acharam lhes assegurar total lealdade. O modesto criminoso foi então submetido a vários meses de tratamentos químicos, o que acabou por lhe conceder força sobre-humana. Uma equipe de especialistas desenvolveu um material tão resistente quanto a pele de um rinoceronte e o utilizou para fabricar uma vestimenta. Entregando-a ao bandido e conferindo-lhe o nome de Rino, os espiões o designaram para uma missão bastante importante: raptar o astronauta John Jameson, filho de J. Jonah Jameson, diretor do jornal O Clarim Diário, com o propósito de vende-lo a nação que mais dinheiro oferecesse. A autoconfiança recém-adquirida por Rino, após sua transformação, levou-o a sentir-se ressentido com o tratamento que estava tendo nas mãos de seus empregadores, a ponto de rebelar-se contra eles e destruir seu quartel-general. Feito isso, o vilão tentou raptar o jovem Jameson por sua própria conta, mas foi impedido pelo aparecimento do Homem-Aranha. Condenado à prisão, o criminoso foi colocado em um hospital da polícia, onde era mantido sob o efeito de pesados sedativos. Algumas semanas depois, durante um período de lucidez entre as doses de remédio, Rino conseguiu fugir, indo imediatamente atrás do Aranha à procura de vingança. O herói aracnídeo conseguiu vence-lo novamente, usando uma versão de seu fluido de teia, planejado com o auxílio do Dr. Curt Connors (veja Lagarto). O fluido continha pequenas cápsulas de ácido que se decompunham em contato com o ar, e acabaram tomando a vestimenta do supervilão fina e incapaz de resistir a qualquer impacto mais forte. Dessa forma, Rino pôde ser recapturado e preso outra vez. Cumprindo uma curta sentença, ele foi colocado em liberdade condicional. Quando isso aconteceu, os espiões que o criaram - aparentemente sem guardar rancor por sua traição - se aproximaram dele com a proposta de transforma-lo num ser mais poderoso ainda, utilizando um tratamento com raios gama. Eles também desenvolveram um material à prova de ácido para confeccionar seu uniforme. Sem perspectivas de ganhar dinheiro, e queimando de ódio pelo Homem-Aranha, o vilão aceitou a oferta. Sua primeira missão foi raptar o dr. Bruce Banner, uma das maiores autoridades em raios gama do mundo. O plano do círculo de espiões era coagir Banner a desenvolver um exército de assassinos super-humanos, criados por exposição aos raios que deram origem ao incrível Hulk (veja Hulk). Quando Rino tentou realizar sua missão, o cientista se transformou em seu monstruoso alter ego e dominou o vilão. Este foi novamente enviado a uma prisão e mantido sob fortes doses de sedativo. O combate de Rino contra o Hulk chamou a atenção do perigoso Líder (veja Líder), que acreditou ser o presente estado do criminoso um ótimo ponto de partida para submetê-lo a um novo tratamento com radiação gama e tomá-lo capaz de derrotar o monstro verde. O gênio criminoso libertou o vilão do presídio, ampliou sua força e, em duas ocasiões distintas, controlando mentalmente o corpo de Rino, experimentou vergonhosa derrota frente ao gigante esmeralda. Criado em 1966 por Stan Lee, atualmente não se tem noticias de seu paradeiro.


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Novos Mutantes: Filhos da Guerra


(de Chris Claremont e Bill Sienkiewicz)


Não vou me repetir quanto à minha tietagem do título e talz: os universos Marvel e DC eram meus cantos preferidos do mundo numa adolescência mei bosta, e a mansão Xavier, com aquela dinâmica quase familiar entre um salvamento do mundo e outro era quase que minha casa. E claro que me identificaria mais com o nicho de personagens na minha faixa etária que vivia lá dentro =P



(é.... acho que acabei me repetindo)



Esse gibi aqui foi escrito pela mesma dupla que fez os dois álbuns dos Novo Mutantes lançados poucos anos atrás pela Panini: Chris Claremont e Bill Sienkiewiecz, mas em vez de uma história dos anos 80/90, aqui temos uma história feita ano passado que se encaixa naquele período, tipo uma história não contada naquela época. Nesse aspecto, a trama está exemplar: é fechada (Warlock surta, Magia surta em consequência e os moleques tem de resolver a bagaça toda), Claremont está reconhecível em sua melhor forma e ainda sabe conduzir seus personagens depois de tanto tempo longe deles (e sem seu maior defeito: a verborragia). A arte do Sienkiewicz tá o desbum de sempre, mesmo sendo só preto e branco, mas o trabalho do colorista (Chris Sotomayor) casa perfeitamente.

Por outro lado, temos nada de novo: todos os clichês dos personagens estão lá, todas as tramas e conflitos secundários que o Claremont invocava pra gerar alguma tensão (e, ocasionalmente, desenvolver numa história maior) nas histórias também: o lado mal de Illyanna, Doug se arriscando fundir com Warlock, o fato de Miragem ter se tornado uma valquíria numa história anterior (algo que nunca foi bem inserido ou desenvolvido pelo Claremont quando estava no comando do título, imho), etc. E, com a história tenta se encaixar no meio de uma cronologia já estabelecida, ela não tem consequências.



# Veredicto: serve pra matar as saudades =)

# Bom: o acabamento do gibi está bom, o roteiro está redondo, casando com a arte e cores (nem senti aqui a "guerra" que havia entre roteiro e arte, lá nos antigamente). E os personagens não estão congelados nos anos 80: há elementos aqui e ali de nossa época que casam perfeitamente com os personagens XD Os puristas podem mimizar, mas o tempo marvel sempre passou de forma diferente do tempo real ;)

# Mau: como falei, é tipo um Star Wars: O Despertar da Força só com os personagens originais: entrete e só reconta de forma aprimorada o que você já viu trocentas vezes antes. E, convenhamos, "Filhos da Guerra" é um título forte desperdiçado numa historinha feijão com arroz.

36 páginas • R$9,90 • 2020 • revista no site da editora



P.S.: agora quero saber onde exatamente eu encaixaria essa história na cronologia dos personagens. Óbvio que é após Guerras Asgardianas e antes de Inferno....

P.S.2: tem filme mais amaldiçoado que o dos Novos Mutantes? :P (pretendo ver, mesmo ciente que será uma bomba).

P.S.3: o mundo seria um lugar melhor se o Claremont tivesse feito o New Mutants Forever direito.

P.S.4: vou deixar a seguir meu "mapa cronológico" das revistas da época (me guiava por ele pra comprar as revistas antigas gringas, quando o dólar era pagável)



Minha cronologia dos gibis gringos dos Novos Mutantes, usando este e este sites como base. Por algum motivo não incluí a mini-série Fallen Angels, mas devo ter um bom motivo que não me lembro agora :P
Entre [colchetes] os gibis da Abril em que sairam as revistas (CA: Capitão América; GHM: Grandes Heróis Marvel; HA: Homem-Aranha;HK: Hulk; SAM: SuperAventuras Marvel; SUAM: Super Almanaque Marvel; XM: X-Men; XMAnnual: X-Men Anual).
Os comentários explicativos não são exaustivos, só comentei o que tava a fim.

• Marvel Team-Up #100 [GHM 18] (origem de Karma)
• Uncanny X-Men #160 [SAM 65] (Illyana entra na adolescência :P)
• Marvel Graphic Novel #4 (nunca publicada aqui, mas é resumida em forma de texto em CA 104)
• The New Mutants #1 [CA 104]
• The New Mutants #2 [CA 105]
• The New Mutants #3 [CA 108]
• Uncanny X-Men #167 [SAM 71]
• Marvel Team-Up #135 [HA 64] (cross tosco com Aranha e os Morlocks)
• The New Mutants #4
• Marvel Team-Up Annual #6 [HA 65] (cross com Aranha, Manto e Adaga)
• The New Mutants #5 [CA 109]
• The New Mutants #6 [CA 110]
• The New Mutants #7 [CA 110]
• The New Mutants #8 [CA 113]
• The New Mutants #9 [CA 114]
• The New Mutants #10 [CA 115]
• The New Mutants #11 [CA 116]
• The New Mutants #12
• The New Mutants #13 [HK 68]
• Magik #1 a #4 (tecnicamente a história acontece dentro de X-Men #160, mas ela é apresentada como flashback)
• The New Mutants #14 [HK 69]
• The New Mutants #15 [HK 70]
• The New Mutants #16 [HK 71]
• The New Mutants #17 [HK 71]
• Firestar #1 a #4 (nunca li, nem devo ter, lembrando que fiz essa lista em cima de fandom gringo :P)
• The New Mutants #18 [HK 72]
• The New Mutants #19 [HK 73]
• The New Mutants #20 [HK 74]
• The New Mutants #21 [HK 75 e 76]
• The New Mutants Annual #1
• The New Mutants #22 [HK 76]
• ROM Annual #3 [XM 13]
• The New Mutants #23 [HK 78]
• The New Mutants #24 [HK 78]
• The New Mutants #25 [HK 79]
• Uncanny X-Men Annual #8 [GHM 28]
• New Mutants: Truth or Death #1 a #3 (mini-série bem posterior que nunca saiu por aqui, mas que se encaixa nesse ponto da cronologia)
• The New Mutants #26 [HK 79]
• The New Mutants #27 [HK 80]
• The New Mutants #28 [HK 80]
• The New Mutants #29 [HK 81]
• The New Mutants #30 [GHM 27]
• The New Mutants #31 [GHM 27]
• The New Mutants #32 [HK 82]
• The New Mutants #33 [HK 83]
• The New Mutants #34 [HK 84]
• New Mutants Special Edition #1 [XM 22] (Guerras Asgardianas ♥)
• Uncanny X-Men Annual #9 [XM 23] (Guerras Asgardianas ♥)
• The New Mutants #35 [HK 88]
• The New Mutants #36 [HK 89]
• Power Pack #20
• The New Mutants #37 [HK 92]
• Secret Wars II #9 [CA 141]
• The New Mutants #38 [GHM 31]
• The New Mutants #39 [GHM 31]
• The New Mutants #40 [GHM 31]
• The New Mutants #41 [HK 93]
• The New Mutants #42 [HK 93]
• Web of Spider-Man annual #2 [GHM 32] (Warlock surtando, de novo)
• The New Mutants #43 [HK 94]
• The New Mutants #44 [HK 94]
• The New Mutants Annual #2 [SUAM 3]
• Uncanny X-Men Annual #10 [SUAM 3]
• The New Mutants #45 [HK 95]
• The New Mutants #46 [HK 96]
• The New Mutants #47 [HK 97]
• The New Mutants #48 [HK 97]
• The New Mutants #49 [HK 97]
• The New Mutants #50 [HK 98]
• The New Mutants #51 [HK 99]
• The New Mutants Annual #3
• The New Mutants #52 [HK 99]
• The New Mutants #53 [HK 101]
• The New Mutants #54 [HK 101]
• The New Mutants #55 [HK 101]
• The New Mutants #56 [HK 102]
• The New Mutants #57 [HK 103]
• The New Mutants #58 [HK 103]
• The New Mutants #59 [SUAM 5]
• The New Mutants #60 [SUAM 5]
• The New Mutants #61 [SUAM 5]
• The New Mutants #62
• The New Mutants #63
• The New Mutants #64 [XM 40]
• The New Mutants #65 [XM 41]
• The New Mutants #66 [XM 41]
• The New Mutants Annual #4 [HK 108][SUAM 6]
• The New Mutants #67 [XM 42]
• The New Mutants #68 [XM 43]
• The New Mutants #69 [XM 44]
• The New Mutants #70 [XM 45]
• The New Mutants #71 [XM 46]
• The New Mutants #72 [XM 46]
• The New Mutants #73 [XM 47]
• The New Mutants #74 [XM 48]
• The New Mutants #75 [XM 51]
• The New Mutants #76 [XM 52]
• The New Mutants Annual #5 [HA 112 XM 53]
• The New Mutants #77 [XM 53]
• The New Mutants #78 [XM 53]
• The New Mutants #79 [XM 54]
• The New Mutants #80 [XM 55]
• The New Mutants #81
• The New Mutants #82 [XM 56 57]
• The New Mutants #83 [XM 58]
• The New Mutants #84 [XM 59]
• The New Mutants #85 [XM 60]
• The New Mutants #86 [XM 60]
• The New Mutants #87 [XM 62]
• The New Mutants #88 [XM 62]
• The New Mutants #89 [XM 65]
• The New Mutants #90 [XM 66]
• The New Mutants #91 [XM 66]
• #The New Mutants Annual #6 [XMAnnual 1]
• The New Mutants #92
• The New Mutants #93 [GHM 43]
• The New Mutants #94 [GHM 43]
• The New Mutants #95 [XM 68]
• The New Mutants #96 [XM 69]
• The New Mutants #97 [XM 70]
• The New Mutants #98 [XM 72]
• The New Mutants #99 [XM 73]
• The New Mutants #100 [XM 74]
• The New Mutants Annual #7 [XM 75]
• Uncanny X-Men 303 [XM 93] (inclui aqui pela morte da Illy)


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Rei

(The Kingpin)
Muito pouco se conhece sobre Wilson Fisk, o Rei, antes dele ter assumido o comando das principais quadrilhas da costa leste dos Estados Unidos. Sabe-se, porém, que ele já se referiu à sua infância, dizendo ter sido uma criança bastante impopular e afirmando ter enveredado pelo crime quando atingiu a adolescência. Desde garoto, Fisk contava com uma forte determinação de ser o melhor em qualquer coisa que fizesse, e acreditava piamente que a força física era um grande fator para se adquirir poder no submundo. Treinando fanaticamente em muitas formas de combate corporal e utilizando-se de vários métodos para desenvolver uma admirável constituição física, ele se especializou na arte japonesa conhecida como sumô. Seu interesse nessa forma de luta, obviamente, voltou sua atenção para a cultura e filosofia orientais. Fisk obteve sua educação através de livros roubados de bibliotecas e, com o tempo, tornou-se particularmente fascinado pela ciência política. O jovem não tardou a perceber que uma outra importante chave para o sucesso se encontrava na utilização de técnicas políticas para organizar e dirigir grupos de criminosos. Foi exatamente a utilização dessas técnicas que lhe conferiram o título de Rei do Crime. Embora Wilson sempre tenha sentido prazer em combater fisicamente seus inimigos, ele reconheceu a necessidade de nunca se colocar numa posição na qual a lei pudesse provar sua responsabilidade em relação a qualquer ato ilegal. Extremamente precavido, ele jamais foi condenado por nenhuma das atrocidades que cometeu. Fisk nunca aceitou trabalhar ao lado de qualquer vilão, preferindo liderar sua própria quadrilha. Em pouco tempo, essa quadrilha cresceu muito em tamanho, influência e poder graças à sua extrema inteligência e,quando necessário, às suas proezas em combate físico. Fisk foi muito cuidadoso em investir seus ganhos ilegais em negócios legítimos. A primeira companhia que ele possuiu, comercializava especiarias do Oriente. Hoje, embora tenha construído um vasto império em vários ramos comerciais, ele ainda faz questão de declarar em público que não passa de um humilde mercador de especiarias. Depois de uma década como líder criminoso, o Rei também obteve amplo sucesso com negócios legais a ponto de se tornar um destacado membro da sociedade de Nova Iorque. Foi então que ele conheceu a bela Vanessa, com quem logo se casou, e, cujo amor, ele sempre afirmou ter lhe concedido toda a paz que seu espírito tanto buscava na procura do poder. Se Vanessa tinha ou não consciência de suas atividades criminosas antes do casamento, ninguém sabe. Seu filho, Richard, nasceu um ano após o casamento. Cerca de duas décadas depois, Fisk, já conhecido como Rei, havia se tomado um dos líderes criminosos mais poderosos de Nova Iorque e Las Vegas, e adquirido o respeito de vários outros chefões. Durante o curto período em que o Homem-Aranha decidiu pôr fim à sua carreira de herói (veja Homem-Aranha), o enorme vilão resolveu realizar seu plano mestre. Por muitos anos, vários chefes de quadrilhas tinham sonhado em formar uma união de gangues com o propósito de competir com a Maggia, que monopolizava o crime organizado em todo o país (veja Maggia). Sem a ameaça do herói aracnídeo, Fisk propôs que a união fosse realizada sob sua liderança e foi aceito por todos com quase unanimidade. O Rei, então, deu início a uma gigantesca onda de crimes em Nova Iorque, que terminou com seu primeiro confronto com o novamente ativo Homem-Aranha. O vilão havia tentado silenciar o diretor do jornal O Clarim Diário, J. Jonah Jameson (veja J. Jonah Jameson), mas o Aranha conseguiu salva-lo, e este revelou a nação que Wilson Fisk era o Rei. Com isso, a união de quadrilhas aparentemente se desfez. Nos anos que se seguiram, o vilão sofreu uma série de derrotas. Nesse período, surgiu uma grande oportunidade para a realização de seus sonhos de poder, quando ele foi recrutado para servir de líder oculto - no setor de Las Vegas - da organização Hidra (veja Hidra). Seu filho, Richard, agia sob sua direção como Supremo Hidra ou chefe do grupo. Através da sociedade secreta, Wilson pretendia obter o governo do país e partir para a conquista de todo o mundo, mas acabou se voltando contra a Hidra quando soube que a facção de Las Vegas não estava sendo realmente controlada por suas mãos, mas sim, pelo criminoso nazista, conhecido como Caveira Vermelha (veja Caveira Vermelha). Nessa época, Vanessa cansou da vida criminosa que seu marido estava levando e lhe fez uma ameaça: se Fisk não se regenerasse, ela o abandonaria. Temendo perder aquela que lhe era tão cara, o Rei concordou em abandonar as operações ilícitas e ambos se mudaram para o Japão. Vanessa chegou até a persuadir o Rei a entregar seu arquivo sobre as atividades de outros líderes criminosos para as autoridades legais. Tentando impedir que isso acontecesse, os que tinham assumido o lugar do vilão na liderança das quadrilhas raptaram sua esposa, que foi aparentemente morta por um auxiliar direto de Wilson - ele a via como o único obstáculo impedindo que seu chefe voltasse para o crime. Com a idéia de que a esposa estava morta, Fisk realmente retornou ao crime. Ele não apenas assumiu a liderança de sua antiga organização, mas também tirou de circulação todos os que a haviam dirigido em sua ausência, entregando-os ao Demolidor (veja Demolidor). Livre da ameaça desses criminosos, o Rei uniu novamente as quadrilhas da costa leste, criando um sindicato muito mais forte do que o anterior. Feito isso, ele mais uma vez voltou sua atenção às conquistas políticas, fazendo com que uma de suas marionetes, o candidato Winston Cherryh, vencesse a eleição para prefeito de Nova Iorque. O Demolidor, contudo, encontrou Vanessa viva, mas sofrendo de sérios problemas mentais, e usou-a para manipular o vilão e fazê-lo ordenar que Cherryh renunciasse à cadeira de prefeito. Criado por Stan Lee em 1967, ele continua liderando sua vasta organização criminosa até o presente, esperando uma oportunidade de se vingar pelo que o Homem sem Medo lhe fez.


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Registrador

(The Recorder)
Um Registrador é um andróide construido pelos Colonizadores de Rigel com o propósito de reunir informações e analisar atos (veja Colonizadores de Rigel). Cada um dos aproximadamente quinhentos Registradores existentes foram construídos no satélite que orbita o planeta Rigel-3. Os andróides geralmente são enviados em missão de exploração a planetas que os rigelianos tencionam colonizar. Seu procedimento básico é aterrissar no mundo, registrar todas as suas condições físicas, bem como formas de vida. Quando o trabalho está completo, eles retornam ao centro de comando rigeliano para entregar todos os dados obtidos. Entre os Registradores mais famosos, encontra-se a unidade 211, designada para acompanhar Thor em sua jornada a Ego, o Planeta Vivo (veja Thor e Ego, o Planeta Vivo). Sua missão foi tão bem realizada que o Grande Comissário Rigeliano permitiu que ele retivesse a lembrança de suas experiências após entregar as informações colhidas, o que não acontece com os demais andróides de linha, cuja memória é apagada depois de cada missão. Criado por Stan Lee em 1966, atualmente não se tem notícias de suas atividades.


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Evangelho dos Hebreus

Assim com o dos Ebionitas, o Evangelho dos Hebreus é outro texto perdido que só conhecemos uns pedaços através de citações de terceiros. Como vou usa-lo no meu projetinho de paralelo dos evangelhos (tem um preview bem rascunhado aqui), decidi preparar uma "tradução" dele também e, mais pra frente, do Evangelho dos Nazarenos, o último dessa categoria "evangelhos apócrifos que só conhecemos de segunda ou terceira mão" :P

O que sabemos desse texto é que provavelmente foi escrito em grego, no Egito, no começo do século II. A obra chamada "Esticometria de Nicéforo" diz que Evangelho dos Hebreus tinha 2200 linhas (Mateus tinha, segundo essa tabela, 2500 linhas, Marcos 2000, Lucas 2600 e João 2300) de texto. E, ao contrário do Evangelho dos Ebionitas, que foi citado apenas por um autor, o Evangelho dos Nazarenos foi citado por muita gente, em várias obras - e, pelo que deu pra notar, ele não era considerado tão herético assim, parte dos antigos o respeitava, parte confiscava o livro e tocava fogo nele - , o que me deu um trabalhão descobrir quais fontes estão acessíveis dentro dos meus limites, antes de copia-las, verte-las pro português e coloca-las aqui.

As citações que encontrei originalmente foram escritas em grego, copta e latim, e, se meu inglês é muito ruim, minhas fluência nestas três línguas é ligeiramente abissalmente pior. Assim, essa minha "tradução" (aspas, aspas) foi feita em cima das traduções existentes para o inglês. Na medida do possível, cacei o contexto em que o Evangelho dos Hebreus era citado e algumas vezes confrontei mais de uma tradução, quando existiam. Assim mesmo, quando/se alguém detectar erros, m'avisem que corrijo (tô ligada que vou passar vergonha), e se alguém souber ler as fontes originais pra me conseguir mais infos que não consegui obter (Jerônimo e Dídimo, o Cego, principalmente), muito agradeceria :)

Bom, vamos ao que interessa: primeiro, o texto existente, organizado, sem comentários, pros apressados X)




1 Quando Cristo desejou vir a terra para os homens, o Bom Pai chamou um "poder" nos céus chamado "Miguel" e pôs Cristo sob seus cuidados. E o "poder" desceu ao mundo, e foi chamado Maria, e [Cristo] esteve em seu ventre por sete meses.

2 E isto aconteceu quando o Senhor levantou-se de dentro das águas, toda a fonte do Espírito Santo desceu sobre ele e permaneceu nele e lhe disse: meu Filho, em todos os profetas eu esperava por ti para que viesses e Eu possa descansar em ti. Pois tu é meu descanso; tu és o meu Filho primogênito que reina para sempre.

3 "Minha mãe, o Espírito Santo, me levou agora por um de meus cabelos e me levou para o grande monte Tabor"

4 Ele, cuja busca não parará até que encontre; e tendo encontrado, ele vai se perguntar; e se perguntando, ele reinará; e reinando, ele descansará.

5 E nunca sejais alegres, salvo quando contemplardes teu irmão com amor.

6 Está contada entre uma das ofensas mais graves: aquele que entristeceu o espírito de seu irmão.

7 Mas o Senhor, após ele ter dado suas roupas sepulcrais para o servo do sacerdote, apareceu à Tiago (por causa de que Tiago jurara que não comeria pão a partir daquela hora em que ele bebera o copo do Senhor até que ele o visse novamente ressuscitado dentre aqueles que dormem)" (...) "Tragam uma mesa e pão" (...) "ele trouxe pão e abençoou, e o partiu e deu a Tiago, o Justo, e disse a ele 'meu irmão, coma meu pão, porque o Filho do Homem resussitou dentre aqueles que dormem.'




Agora, a parte mais legal (pra mim, ao menos) e mais trabalhosa: quem citou o Evangelho dos Hebreus e onde, do autor mais antigo até o mais novo :P
E, como fiz no dos Ebionitas, a citação ao evangelho estará em preto, o restante do texto em torno em cinza e em vermelho o número do fragmento na sequência proposta pelos estudiosos^^




Clemente de Alexandria (150-217): De origem grega e um dos primeiros cristãos eruditos, deixou várias obras, entre elas a Stromata ("Miscelâneas")(cá entre nós, é a palavra grega com mais cara de italiana que já ouvi :P) em que discorre sobre uma variedade de assuntos.

As citações aqui foram traduzidas de Ante-Nicene Christian Library, volume II (1869), a partir das páginas 28 (43 no pdf) e 277 (292 no pdf).



Stromata, livro 2, capítulo 9 ("A Conexão das Virtudes Cristãs"):
(...) Como, então, as virtudes umas as outras, porque eu preciso dizer o que demonstrei anteriormente, a fé espera através do arrependimento, e medo através da fé; e paciência e prática nestes, juntamente com aprendizagem, terminam em amor, que é aperfeiçoado pelo conhecimento? Mas isso é necessário para percebermos, que apenas o Divino deve ser considerado naturalmente sábio. Portanto também a sabedoria, que ensinou a verdade, é o poder de Deus; e que na perfeição do conhecimento é adotada. O filósofo ama e gosta da verdade, sendo agora considerado um amigo, por causa do seu amor, por ser um verdadeiro servo. O começo do conhecimento é se perguntar sobre objetos, como Platão diz em seu Teeteto; e Matias exortando em sua Tradição diz "pergunte-se sobre o que está antes de você", colocando isso nas fundações dos conhecimentos seguintes. Então, no Evangelho dos Hebreus, isto está escrito "[4a] aquele que se pergunta reinará, e aquele que reinou descansará". Isso é impossível, portanto, para um homem ignorante, enquanto se mantém ignorante, filosofar não tendo aprendido a ideia de sabedoria; já que a filosofia é um esforço para compreender o que verdadeiramente é, e os estudos que a conduzem. E isso não é a representação de alguém que realiza bons hábitos de conduta, mas o conhecimento de como devemos usar, agir e trabalhar, de acordo como alguém assimilado a Deus. Eu digo Deus o Salvador, por servir o Deus do universo através do Sumo Sacerdote, o Verbo, por quem o que é na verdade bom e certo é contemplado. Piedade é conduta aceitável e correspondente a Deus.

Stromata, livro 5, capítulo 14 ("Plágios Gregos dos Hebreus"):
(...)Portanto também o ser humano é dito "foi feito na imagem e semelhança de [Deus]". Pois a imagem de Deus é a divina e real Verbo, o homem impassível; e a imagem da imagem é a mente humana. E se você deseja aprender a semelhança por outro nome, você deverá encontrar isso nomeado em Moisés uma correspondência divina. Por que ele diz "ande segundo o Senhor seu Deus, e mantenha Seus mandamentos" [Deuteronômio 13:4]. E eu considero todos os virtuosos, servos e seguidores de Deus. Consequentemente os estóicos dizem que o objetivo da filosofia é viver agradavelmente para a natureza; e Platão, semelhante a Deus, como demonstramos na segunda Miscelânea. E Zenão, o Estóico, emprestando de Platão, e ele da filosofia Bárbara, diz que todos os bons são amigos uns dos outros. Pelo o que Sócrates que diz em Fedro "isto é o que não foi ordenado: que o mau deva ser amigo do mau, nem que o bom não ser amigo do bom"; como ele também mostrou suficientemente em Lísis que a amizade nunca é preservada na maldade e no vício. E o estrangeiro ateniense similarmente também diz "que existe uma conduta agradável e conformável à Deus, baseado no antigo princípio básico. Que o igual ama o igual, desde que esteja dentro da medida. Mas coisas além da medida não são agradáveis nem para o que está dentro nem além da medida. Agora que esse é o caso que Deus é a medida para nós de todas as coisas". Então, continuando, Platão acrescenta: "para cada homem bom é como cada outro homem bom; então sendo igual à Deus, ele é gostado por cada homem bom e por Deus". A partir deste ponto acabei de lembrar o seguinte: no fim de Timeu ele diz: "você deve necessariamente assimilar o que percebe ao que é percebido, de acordo com sua natureza original; e assimilado-o de maneira que você atinge no fim a mais alta vida proposta pelos deuses aos homens do presente e do futuro". Para aqueles que têm igual poder com estes. [4b] Ele, cuja busca não parará até que encontre; e tendo encontrado, ele vai se perguntar; e se perguntando, ele reinará; e reinando, ele descansará. E o que? Não foram essas expressões de Tales derivadas disso? O fato de que Deus é glorificado para sempre, e o que Ele é expressamente chamado por nós de Buscador de corações, ele interpreta. Pois a Tales foi perguntado "o que é a divindade?", respondeu: "É o que não tem princípio nem fim. E em outra pergunta "se um homem pode evitar o conhecimento do Ser Divino enquanto faz algo?" disse "Como é que ele, que não pode fazê-lo enquanto pensa?" (...)




Confesso que empolguei no tamanho das citações. E o evangelho é citado explicitamente na citação 4a, a 4b vem bem depois e parece ser considerada uma versão ampliada dela por dedução.




Orígenes (185-253): Discípulo de Clemente, mais tarde foi considerado herético. De obra extensa, entre elas fez um comparativo entre seis versões do Antigo Testamento (original em hebraico e traduções) chamada Hexapla, um tratado contra Celso - pagão que que escreveu A Verdadeira Palavra, em que argumenta ferozmente contra o Cristianismo. Esse texto se perdeu e só sabemos da existência dele justamente por causa do contra-ataque de Orígenes :P - e também diversos comentários sobre livros da Bíblia. Infelizmente, por causa da etiqueta de "herético" boa parte destes textos, inclusive os comentários, também se perdeu.
Ele cita o Evangelho dos Hebreus nos comentários sobre [o Evangelho] de João. As citações aqui foram traduzidas de The Fathers of The Church: Origen, Commentary on the Gospel According to John (books 1-10) (2001) (tem de fazer cadastro gratuíto pra "emprestar" o livro por 14 dias), a partir da página 116.

Livro 2 ("Sobre o Espírito Santo")
(86) Agora estas coisas foram examinadas exaustivamente porque desejamos ver mais claramente como, se toda as coisas foram feitas através dele [Jesus] e o Espírito foi feito através do Verbo, o Espírito é uma de "todas as coisas" consideradas a serem inferiores a Àquele por quem ele foi feito, apesar de alguns textos parecerem indicar a nós opiniões contrárias.
(87) Mas se alguém aceita o Evangelho de acordo para os Hebreus, onde o próprio Salvador diz
[3] "Minha mãe, o Espírito Santo, me levou agora por um de meus cabelos e me levou para o grande monte Tabor", ele perguntará como a "mãe" de Cristo pode ser "o Espírito Santo", que foi feito através do Verbo.
(88) Mas não difícil de interpretar estas palavras também da seguinte maneira: Se alguém quem faz "o desejo do Pai que está no céu é" seu "irmão e irmã e mãe" [Mateus 12:50], e a expressão "irmão de Cristo" é aplicável, não apenas para a espécie humana, mas também para seres que são mais divinas que a espécie humana, então não será tão estranho para o Espírito Santo ser sua "mãe", desde que cada mulher é chamada "mãe de Cristo" porque ela faz o desejo do Pai que está no céu.





Eusébio de Cesareia (265-339): Outro de obra extensa, mas foi melhor preservada. Escreveu uma história da Igreja ("História Eclesiástica") e é nela que o Evangelho dos Hebreus aparece, mas numa citação vaga demais para reconstituirmos o texto, mas que bem provavelmente é uma versão da Perícope da Adúltera, texto que foi tardiamente inserido no evangelho de João. A tradução em inglês está toda em formato html e pode ser acessada aqui.

(Sim, se você só lesse a versão resumida lá em cima, que só tem os textos reconstituíveis, não ficaria sabendo dessa parte aqui :P)

Livro 3, capítulo 39 (Os Escritos de Papias)
1. Há no total cinco livros de Papias, que possuem o título Exposição dos Oráculos do Senhor. Ireneu menciona que estes são os únicos trabalhos escritos por ele, nas seguinte citação: "estas coisas são atestadas por Papias, um antigo que era ouvinte de João e companhia de Policarpo, eu seu quarto livro. Por cinco livros foram escritos por ele". Estas são as palavras de Ireneu.
2. Mas o próprio Papias, no prefácio de seus discursos, de forma alguma declara que ele mesmo era ouvinte e testemunha ocular dos santos apóstolos, mas mostra pelas palavras que usa que recebeu as doutrinas da fé através daqueles que eram seus amigos.
(...)
11. O mesmo autor dá também relatos que diz virem de tradições não escritas, certas parábolas e ensinamentos estranhos do Salvador, e mais algumas coisas mais míticas.
12. A estes pertencem a afirmação que haverá um período de alguns milhares de anos após a ressurreição dos mortos, e que o reino de Cristo será estabelecido na forma material nessa mesma terra. Eu suponho que ele pegou estas ideias entendendo de forma errada através os relatos dos apóstolos, não percebendo que as coisas ditas por eles eram ditas misticamente de forma figurada.
13. Pois parece que ele era de entendimento bem limitado, como qualquer um pode ver em seus discursos. Mas isto devido a ele que vários dos Pais da Igreja depois dele adotaram opinião similar, exortando em suas próprias justificativas a antiguidade do homem; por exemplo Ireneu e qualquer outro que possa ter proclamado pontos de vista similares.
14. Papias também dá em seu próprio trabalho relatos de palavras do Senhor na autoridade de Aristion, que foi mencionado acima, e tradições como proferidas pelo presbítero João; a que nos referimos aqueles que gostam de aprender. Mas nós agora devemos adicionar às palavras dele as quais nós já citamos, a tradição que ele dá em relação a Marcos, o autor do Evangelho.
15. "Este também o presbítero disse: Marcos, tornando-se interprete de Pedro, escreveu acuradamente, embora não em ordem, tudo o que ele lembrava das coisas ditas ou feitas por Cristo. Por ele nunca ouviu o Senhor nem o seguiu, mas depois, como eu disse, ele seguiu Pedro, que adaptou seus ensinamentos às necessidades de seus ouvintes, mas sem intenção de dar um relato conectado dos discursos do Senhor, então Marcos não cometeu erro enquanto ele escrevia algumas coisas enquanto as lembrava. Por que ele era cuidadoso de uma coisa, de não omitir nada das coisas que ele tinha ouvido, e não declarar falsamente nenhuma delas". Estas coisas são relatadas por Papias em relação à Marcos.
16. Mas em relação à Mateus ele escreveu o seguinte: "Então Mateus escreveu os oráculos em língua hebraica, e todos interprataram ele como eram capaz". E o mesmo autor usa testemunhos para a primeira carta de João e da mesma maneira de Pedro.
[b1] E ele relata outra história, de uma mulher, que é acusada de vários pecados em frente ao Senhor, quem é contida no Evangelho segundo os Hebreus. Achamos que é necessário observar essas coisas em adição ao que foi já afirmado.




Outra confissão: incluí boa parte da citação acima por causa dos registros de gente próxima aos evangelistas, mesmo essa gente sendo educadamente chamada de burrinha pelo responsável pela citação :P




Cirilo de Jerusalém (313-386): Bispo de Jerusalém, teve lá seus perrengues, e escreveu uma imensa obra catequética. Cita o Evangelho dos Hebreus no Discurso sobre Maria Teótoco, cuja tradução do copta pro inglês
estão em Miscellaneous Coptic texts in the dialect of Upper Egypt (1915), a partir da página 636.

E agora, quero relatar para você um incidente que aconteceu comigo. Havia um certo monge que vivia nas vizinhanças de Maiuma de Gaza que foi instruído na heresia de Bion e de Harpocratius, seu mestre, de cujos livros ele obteve posse, e os expunha publicamente, e ele ficou cheio de blasfêmias e falsidades, e ele mascarado com grande orgulho e arrogância, e ele enganou todo o povo que vivia naquela vizinhança com suas pretensões, através daqueles que costumavam ir aos lugares santos para rezar. E as coisas que ele proclamava em sua heterodoxia corrupta foram ditas a mim, e enviei dois ministros para o Bispo de Gaza, e disse a ele "Peço-te que procure em meu nome um certo monge que está na vizinhança de Maiuma, e que o envie a mim, junto de seus livros".

E quando o bispo recebeu a carta e a leu, ele fez procurarem por aquele monge em todo lugar. E quando o trouxeram ao bispo, este disse: "meu filho, levante-se e vá para Jerusalém, ao arcebispo. Se você não for, ele mandará buscar você e seus livros. Ele soube sobre sua doutrina, suas pregações e de quem é". E o monge respondeu: "pegarei meus livros e irei para Jerusalém". E os dois ministros o levaram para Jerusalém, para o arcerbispo, que disse a ele "Nós ouvimos, ó irmão, que você está ensinando uma doutrina estranha, e que está mudando as vozes dos evangelhos". O monge, Annarikhus, disse a ele "Meus ensinamentos não são uma doutrina estranha, mas é o que os Pais, os Apóstolos, e nossos próprios pais ensinaram por todos os lugares como sã doutrina. E Apa Cirilo disse para ele, "quem são teus Pais?" e o monge disse "Satôr e Ebiôn, que sucedeu a ele". E o arcebispo disse para ele "você se tornou um discípulo e fez de você mesmo uma besta tipo uma mula sob o jugo estúpido da carruagem do Diabo". E o monge disse a ele "Harpocratius costumava expulsar demônios". E o arcebispo disse a ele "mostre-me como você expulsa demônios, e em que forma você prega o Evangelho e o que você diz a respeito de Cristo e Seu Nascimento segundo a carne e sobre a mãe que o criou, e a respeito de Sua morte, que foi cheia de salvação, e Sua ressurreição dos mortos depois do terceiro dia".

E o monge respondeu "está escrito no [Evangelho] para os Hebreus que
[1] quando Cristo desejou vir a terra para os homens, o Bom Pai chamou um "poder" nos céus chamado "Miguel" e pôs Cristo sob seus cuidados. E o "poder" desceu ao mundo, e foi chamado Maria, e [Cristo] esteve em seu ventre por sete meses. Após ter dado a luz a Ele, e Ele crescer em estatura, e Ele escolheu os Apóstolos, que pregaram por Ele em todo o lugar. E ele cumpriu o tempo designado que lhe foi decretado. E os judeus o invejaram, o odiaram, mudaram os costumes de suas Leis e se levantaram contra Ele e O puseram numa armadilha e O pegaram, e O levaram ao governador, e ele O entregou para crucifica-Lo. E após eles O penduraram na cruz, o Pai O levou aos céus para Ele mesmo". E o Patriarca Cirilo disse ao monge "quem te enviou para ensinar estas coisas?" E o monge disse a ele "O Cristo disse, ide adiante em todo o mundo, e ensina todas as nações em Meu Nome, em todo o lugar". [Mateus 28:19-20] E Apa Cirilo disse para ele "você segue os Evangelhos literalmente?" E o monge disse "Sim, meu senhor Pai". E o arcebispo respondeu e disse "e onde nos Quatro Evangelhos está dito que a sagrada Virgem Maria, a mãe de Deus, é uma 'força'?". E o monge respondeu e disse "no [Evangelho] dos Hebreus". E Apa Cirilo respondeu e disse "então, de acordo com suas palavras, são Cinco Evangelhos?" E o monge respondeu "Sim, são". E Apa Cirilo respondeu e disse "qual o nome do quinto Evangelho? Pois gostaria de saber de onde é derivada essa doutrina a respeito de Cristo e entendê-la. Os Quatro Evangelhos escritos acima deles: [o Evangelho] segundo Mateus; [o Evangelho] segundo Marcos; [o Evangelho] segundo Lucas; [o Evangelho] segundo João. De quem é o quinto Evangelho?" E aquele monge disse para ele "este é o [Evangelho] que foi escrito para os Hebreus". E são Cirilo respondeu e disse, "se você disse a verdade, ó irmão, nós não devemos então rejeitar os ensinamentos de Cristo, e seguir a doutrina enganadora dos hebreus? Deus não permita! Os hebreus desejam muito por um doutrina desse tipo, então eles poderão macular nossa pureza e honra, como foi dito por Cristo em tempos antigos, 'tu expulsas demônios por Belzebu' [[Mateus 12:24, Marcos 3:22, Lucas 11:15]]. E não está escrito 'quem não confessa que Cristo veio em carne é um enganador e um Anticristo, como você mesmo'? [2 João 7] E, novamente, 'quem vier a ti e trazer uma doutrina diferente da tua, não o receba em sua casa, nem sequer lhe diga 'Salve!'' [2 João 10]. E novamente 'se ele eram de nós, deviam ser como nós; eles vieram de nós, mas não são de nós' [1 João 2:19] que significa que eles dizem o nome de Cristo apenas em sua boca e que fingem em seus corações. Eles acumulam para si ira no dia do Julgamento da Verdade e a esta ira é a de Jesus, o Cristo. A doutrina dos judeus não pode ser colocada junto da doutrina de Cristo. Que conexão pode ter entre concordar com o [evangelho para os] Hebreus e concordar com os Santos Evangelhos?". Mas estas heresias devem fazer germinar o que Epifânio descreve em seu trabalho Ancoratus em que diz 'o erro de cada um deles é diferente, mas o mal está implantado em todos'". E Annarikhus, o monge, disse para Apa Cirilo "a noite não consegue lutar contra o dia, nem as trevas de mantém de pé frente a luz. Eu fui derrotado pela sua grande sabedoria e sei que cometi um erro. Que tua paternidade conceda arrependimento a mim! E toda estas coisas que eu derrubei, as reconstruirei. Mas, pegue meus livros, e os queime no fogo, e todos os meus bens vos dê aos pobres. Meu coração segue tuas palavras e as do Santo Evangelho"
E enquanto eu (isto é, Cirilo) queimava seus livros, disse a ele "Quem...





...e a parte seguinte do texto se perdeu, mas nesse trecho dá pra entender aqui porque livros como o Evangelho dos Hebreus não existem mais :P. E maioria dos nomes citados na conversa entre Cirilo e Annarikhus não achei referência nenhuma fora do próprio texto. Alguns nomes me parecem ser similares aos citados no ebionismo, mas entre parecer e ser.....




Dídimo, o Cego (313-398): Perdeu a visão aos quatro anos, mas aprendeu a ler e sabia até geometria. Seguidor de Orígenes, sua obra também foi considerada herética e muito se perdeu. Em 1941, militares ingleses encontraram papiros com seus textos.
Ele cita o Evangelho dos Hebreus duas vezes, mas como não acho traduções dos textos originais (se existem, são em língua diferente do inglês, ou textos com acesso restrito (ou caro...)), vamos ter de confiar nas citações que tem na Wikipédia em inglês^^' E, assim como Eusébio, as citações de Dídimo não permitem reconstituir versículos e não aparecem na versão apressada de lá de cima :P

Comentário aos Salmos, 184.9–10
[a] "(As Escrituras) tendem a chamar Mateus de "Levi" no Evangelho de Lucas. No entanto, não se trata de uma e a mesma pessoa. Antes Matias, que foi escolhido (como apóstolo) no lugar de Judas, e Levi são a mesma pessoa com dois nomes. Isto é claro no Evangelho dos Hebreus."

Comentário em Eclesiastes, 4.223.6–13
[b2] "Isto é relatado em alguns evangelhos que uma mulher foi condenada pelos judeus por causa de um pecado e foi levada ao local habitual de apedrejamento, para que ela possa ser apedrejada. A nós disseram que quando o Salvador a viu e viu que eles estavam para apedreja-la, ele disse para aqueles que quiseram apedreja-la: "Que aquele que não pecou, pegue uma pedra e atire. Se alguém tem certeza que não pecou, pegue uma pedra e acerte nela. E ninguém ousou fazer. Quando eles examinaram a si mesmos e reconheceram que também tinham responsabilidade por certas ações, eles não ousaram apedreja-la." (Embora Dídimo não cite sua fonte, ele encontrou essa tradição independente da história da mulher pecadora em um evangelho não-canônico em Alexandria, que pode ter sido o Evangelho dos Hebreus. <-- comentário da wikipédia, não meu)

Inclusive, comparem o segundo comentário de Dídimo (b2) com o de Eusébio (b1) :P




Jerônimo (347-420): Um dos fodões. Traduziu a Bíblia pro latim (a chamada Vulgata), escreveu biografias, muitas cartas e comentários sobre os livros da Bíblia.
Cita o Evangelho dos Hebreus várias vezes, uma no De viris illustribus (Dos Homens Ilustres, uma coleção de mini-biografias), em que fala sobre (são) Tiago, cuja tradução pro inglês está aqui.

De viris illustribus
(...) O Evangelho que também é chamado de Evangelho segundo os Hebreus, e que recentemente traduzi para o Grego e Latim e que Origem também faz uso, após o relato da ressurreição do Salvador diz: "[7] mas o Senhor, após ele ter dado suas roupas sepulcrais para o servo do sacerdote, apareceu à Tiago (por causa de que Tiago jurara que não comeria pão a partir daquela hora em que ele bebera o copo do Senhor até que ele o visse novamente ressuscitado dentre aqueles que dormem)" e novamente, um pouco depois, diz "'Tragam uma mesa e pão', diz o Senhor." E logo em seguida diz, "ele trouxe pão e abençoou, e o partiu e deu a Tiago, o Justo, e disse a ele 'meu irmão, coma meu pão, porque o Filho do Homem ressuscitou dentre aqueles que dormem.'" (...)

As outras citações são em seus comentários. Como só achei os textos em latim (na coleção "Sancti Eusebii Hieronymi Stridonensis presbyteri Operum". Vou deixar aqui links pros livros pros mais ousados e eruditos), raduzirei só os fragmentos sem contexto que aparecem na wikipedia^^

Comentário em Isaías IV 11:2 - no tomo 4, parte 1, coluna 156, página 94 no pdf (aproximadamente):
[2] E isto aconteceu quando o Senhor levantou-se de dentro das águas, toda a fonte do Espírito Santo desceu sobre ele e permaneceu nele e lhe disse: meu Filho, em todos os profetas eu esperava por ti para que viesses e Eu possa descansar em ti. Pois tu é meu descanso; tu és o meu Filho primogênito que reina para sempre.

Comentário em Carta aos Efésios 5:4 - no tomo 7, parte 1, coluna 641, página 337 no pdf (aproximadamente):
[5] E nunca sejais alegres, salvo quando contemplardes teu irmão com amor.

Comentário em Ezequiel 18:7 - no tomo 5, parte 1, coluna 207, página 118 no pdf (aproximadamente):
[6] No Evangelho segundo os Hebreus... está contada entre uma das ofensas mais graves: aquele que entristeceu o espírito de seu irmão.^




O fragmento [3] (veja em Orígenes, lá em cima) também é citado por Jerônimo diversas vezes: comentário em Miquéias 7:6 (tomo 6, parte 1, coluna 520, página 278 no pdf, aproximadamente); comentário em Isaias 40:9 (tomo 4, parte 1, coluna 485, página 259 no pdf, aproximadamente) e comentário em Ezequiel 16:13 (tomo 5, parte 1, coluna 158, página 93 no pdf, aproximadamente).
E, acabei de ver (e não estou afim de remendar o texto lá em cima), ele também é citado mais uma vez por Orígenes na Homilia em Jeremias 15:4. Não achei o texto em lugar algum, exceto aqui, e dinheiro não nasce em árvore :P

Mas seria legal ter estas citações de forma completa, assim com as de Dídimo, para ver que informação a mais elas trariam^^




Deixa eu encerrar aqui, esse texto tá enorme e me consumiu muito tempo:
• O artigo na Wikipédia em inglês foi minha principal referência, junto do equivalente à ele na Wikisource.
• Há uma outra tradução em português aqui^^
• Apesar de 90% do que fiz foi olhando textos no computador, também consultei dois livros físicos: The Other Bible, de Willis Barnstone (2005) e, mais vezes, The Complete Gospels, de Robert J. Miller (2010).
• Como se já não tivesse muito o que fazer, decidi fazer um graficozinho mostrando as épocas que alguns dos citados viveram^^

• E agora preciso me preparar psicologicamente, porque o Evangelho dos Nazarenos parece ser bem mais extenso e intrincado...

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2020/03/27 01:12 · mushisama · 0 Comentários



Evangelho dos Ebionitas (organizado)

Enquanto preparo uma "tradução" do Evangelho dos Hebreus, outro texto antigo que só nos chegou por citações em outras obras, coloco aqui uma versão mais direta dos fragmentos do Evangelho dos Ebionitas, na suposta ordem que eles deviam estar na obra original, sem os comentários de Epifânio e lembrando que entre um trecho e outro deve ter tido mais texto que provavelmente nunca saberemos:




1 Isso aconteceu nos dias de Herodes, rei da Judéia, sob o sumo sacerdote Caifás, em que um certo homem chamado João, veio batizar com o batismo de arrependimento no rio Jordão. Dizia-se que ele era da linhagem do sacerdote Arão, filho de Zacarias e Isabel, e todos foram a ele.

2 isso sucedeu de acontecer quando João batizava, que os fariseus vieram a ele e eram batizados, e toda Jerusalém também. E ele tinha uma veste de pelos de camelo e um cinto de couro ao redor dos lombos. E a carne dele, era mel selvagem, cujo sabor era como o de maná, como bolo em óleo.

3 Quando o povo foi batizado, Jesus também veio e foi batizado por João. E quando ele saiu da água, os céus foram abertos e ele viu o Espírito Santo descer na forma de uma pomba e entrar nele. E uma voz foi ouvida do céu dizendo: Tu és meu Filho amado, em ti me comprazo; e outra vez: Hoje te gerei. E de repente uma grande luz brilhou naquele lugar. Vendo isso, João disse-lhe: Quem és, Senhor? E novamente veio uma voz para ele do céu: Este é meu Filho amado, em quem me comprazo. E então, João caiu diante dele e disse: Peço-te, Senhor, me batize. Mas ele o proibiu dizendo-lhe: deixe como está, pois é assim que tem de acontecer.

4 Havia um certo homem chamado Jesus, e ele tinha cerca de trinta anos, e ele nos escolheu. E, chegando a Cafarnaum, entrou na casa de Simão, apelidado Pedro, abriu a boca e disse: Enquanto eu caminhava junto ao mar de Tiberíades, escolhi João e Tiago, filhos de Zebedeu, e Simão, André, Filipe e Bartolomeu, Tiago, filho de Alfeu, e Tomé, Tadeu, Simão, o zelote, e Judas Iscariotes. Você também, Mateus, sentado no posto de recebimento dos impostos, chamei e você me seguiu. Quero, pois, que sejais doze apóstolos em testemunho a Israel.

5 "Eis que tua mãe e teus irmãos estão do lado de fora". "Quem são minha mãe e meus irmãos?" E estendeu a mão para os discípulos e disse: "Estes são meus irmãos, mãe e irmãs, estes que fazem a vontade de meu Pai".

6 "Eu vim para abolir os sacrifícios, e se você não deixar de sacrificar, a ira não deixará de pesar sobre você".

7 "Onde quer que preparemos para comer a Páscoa?" e ele supostamente dizendo: "Eu realmente queria comer carne nesta Páscoa com vocês?".




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2020/03/20 00:07 · mushisama · 0 Comentários



Rapina

(Death Bird)
Muitos mistérios rondam a origem da criatura conhecida como Rapina. Pertencente à raça aérie, um povo humanóide descendente de criaturas semelhantes a pássaros, sabe-se apenas que ela nasceu com uma fúria incontrolada, o que a levou a matar sua irmã e ser exilada. Criada por Chris Claremont em 1977, depois de combater Miss Marvel a serviço de Modok, ela foi derrotada pela heroína, aparentemente morrendo ao cair dentro de um silo e ser consumida pelas turbinas de um foguete.


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Raio Negro

(The Black Bolt)
Raio Negro era filho de dois dos maiores geneticistas do Grande Refúgio de Attilan, morada dos inumanos: Agon, chefe do Conselho de Genética e Rynda, diretora do Centro de Cuidados Pré-natais (veja Inumanos). Submetido a Névoa Terrígena - cuja propriedade e alterar o DNA dos organismos - enquanto ainda se encontrava no ventre da mãe, o inumano nasceu com estranhos poderes ate mesmo para seus semelhantes. Quando criança, ele demonstrou certas habilidades de manipular energia as quais ainda não conseguia controlar, e provocou, com a voz, descargas sônicas de grande poder destruidor. Para proteção da comunidade, ele foi confinado no interior de uma câmara a prova de som e recebeu uma vestimenta capaz de controlar o seu poder. Lá, ele foi instruído na arte de dominar suas habilidades ate a idade de dezenove anos, quando seu regresso a sociedade foi permitido. Um mês depois de receber a liberdade, Raio Negro descobriu que seu irmão, Maximus, estava prestes a fazer um pacto traiçoeiro com um emissário da raça kree (veja Maximus e Krees). Tentando impedir que a nave kree escapasse, o inumano utilizou seu poder proibido derrubou o veiculo do céu. Quando a espaçonave caiu, chocou-se contra o edifício do parlamento matando varios membros do Conselho de Genética, inclusive seus pais. Maximus também sofreu graves conseqüências com o ocorrido: as reverberações do grito do irmão afetaram sua sanidade, bloqueando os poderes mentais que ele possuía desde o nascimento. Apesar de sua culpa e de seus silenciosos protestos, Raio Negro foi obrigado a aceitar o manto de líder dos inumanos com a idade de vinte anos. Criado por Stan Lee em 1965, além de poder emitir gritos devastadores, ele também é capaz de erguer pesos de até duzentos quilos e voar.


Índice: ABCDEFGHIJKLMNOPQSobre esse projeto



Bibliografia

A lista das coisas que andei fazendo nessa vida ^^
...ou "currículo das coisas que gostei de ter feito" :) - versão 4.0 :P

Nota: datas terminadas com um sinal de mais (+) indicam que a publicação continua em andamento.



Quadrinhos:
Raquel: (roteiro), 7 capítulos até o presente (2017+) - link
Na verdade, Raquel é uma história que já teve várias versões online. A atual é a quinta e, espero, definitiva. As versões anteriores, que nunca concluíram, foram:
 ○ versão 1: (roteiro, arte), 2 edições (1998, 2014-2017) - link
 ○ versão 2: (roteiro, arte (partes 1 à 9), animação), 10 capítulos em flash (2000-2003) - link
 ○ versão 3: (roteiro, arte do capítulo 1), 2 capítulos (2004-2006) - link
 ○ versão 4: (roteiro, arte), 8 páginas (2008-2009) - link
Mushiíces: (roteiro, arte), mais de 160 tiras (2012+) - link
 ○ versão em inglês (127 tiras): no Tapastic e no The Duck.
Uran: (roteiro, arte, cor): história fechada (2004-2006, 2013) - link
Netmals, de Reinaldo Quaresma: participação no roteiro de 3 episódios (2001) - link

Textos em Série:
Raquel: 8 capítulos (2018+) • roteiro da versão em quadrinhos - link
Cia de Asas: 6 capítulos (2014+) - link
Capitão W.A.S.P.: 1 capítulo (2019+) - link
Contém: pôneis: 3 capítulos (2019+) - link
"T3rras": 2 capítulos (2019+) - link
"Os 4 Ases": 2 capítulos (2019+) - link
"Ébano": 1 capítulo (2019+) - link
"Sandy": 1 capítulo (2019+) - link
diversos textos menores no Wattpad

Contos Publicados:
Hic sunt monstra (em "Monstros Gigantes - Kaiju", 2016, editora Draco - organizadores: Daniel Russell Ribas e Luiz Felipe Vasques) • Publicado apenas na versão digital - link
m3d0 (em "Pacto de Monstros", 2009, editora Multifoco - organizadoras: Mônica Sicuro e Rúbia Cunha) - link
Fechando (em "Quotidianos", 2015, site organizado por Rober Pinheiro) - link

Fanzines:
Sine Qua Non (colaboradora, co-editora), 9 edições (2014+) - link
Mushiíces (roteiro, arte) 2 edições (2018+) • compilação das tiras - link
Raquel (roteiro), 2 edições (2018+) • publicação física da HQ - link
[raquel] (roteiro, arte) 1 edição (2017+) • compilação das versões anteriores da história - link
MushiComics (editor), 1 edição (2006) - link
CYMBótico (colaboradora, co-editora), 12 edições (1996-1999) - link

Sites:
Caverna do Dragão (1999-2009, 2016+) • fansite sobre o desenho animado homônimo.
(url anteriores: http://www.geocities.com/TelevisionCity/7943/mat.html, http://welcome.to/caverna)
Meus Carrinhos de Brinquedo (2013+) • fansite sobre brinquedos de plástico com atualizações bem espaçadas.
Mushi-san no Heya (虫さんの部屋)(2000-2002, 2015+) • resenhas de revistas de anime/mangá. A partir de 2015 o site também começou a agregar links para todas as resenhas que fiz em meu blog.
(url anteriores: http://www.geocities.com/televisioncity/7943/heya/heya.html, http://www.mangax.com.br/heya, http://welcome.to/heya)
toki pona (2016+) • tradução para o português do curso da conlang toki pona.
MushiComics (2004-2012) • quadrinhos on-line de diversos autores (o site está atualmente quebrado por motivos técnicos).
(url anteriores: http://www.mushi-san.com/, http://www.mushicomics.com/)

Mapas:
Crônicas de Atlântida – o olho de Agarta (2016, editora Draco - escrito por Antonio Luiz M. C. Costa) • ilustrei vários dos mapas que integram o livro - link
Aleros (2018, editora Skull - escrito por Heitor V. Serpa) • ilustrei o mapa que vem encartado no livro - link
Honra ou Traição (2019, editora Skull - escrito por Tuka Vilhena) • ilustrei um dos mapas encartados, não fui creditada - link
mais informações sobre meus mapas, aqui

Ilustrações:
Quotidianos (2014-2016) • site de contos ilustrados, onde contista e ilustrador são pessoas diferentes. Fiz as artes de contos dos escritores Simone Saueressig e A .Z Cordenonsi. Como o site está oficialmente fora do ar (uma url alternativa é https://projetoquotidianos.wordpress.com/), postei as artes feitas em um diretório do meu DeviantArt.
Deviantart (2004+) • minha galeria tem diversas ilustrações com intenções diversas x)

"Criptografia":
(aspas, por favor :P)
Código pessoal para diários: 918 alterações (1989+) • uma forma pessoal de auto-expressão que ocasionalmente emerge em meus trabalhos, sempre em mutação. Há um site tabulando as formas iniciais dele (link) e alguns posts no blog explicando algumas regras dele naquele momento (links: 1 2 3 4 5 6)
Língua Plutoniana: (2018-19) • cifra criada para ser usada nas capas do fanzine Sine Qua Non. - link (versão 1.0) e link (versão 1.1)



meus roteiros de "Netmals"

No começo do século estava em moda as HQs em flash, na época um formato de imagem/animação vetorizado bastante leve, com muitos mais possibilidades narrativas que postar vídeo ou páginas estáticas na internet.

A grande estrela do formato no Brasil foram os Combo Rangers, eu mesma entrei na onda e adaptei o então fanzine Raquel pro formato, mas havia uma miríade de histórias por aí.
Com a internet cada vez mais rápida, ninguém mais sofre baixando imagens gigantescas ou, pasmem, vídeos! para acompanhar suas histórias favoritas. Assim aos poucos pararam de se produzir histórias em flash, o formato se tornou "maldito", acabou o suporte aos navegadores para ele e perdemos mais uma parcela da história das HQs online no país.

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Uma das HQs era "Netmals", do (sumido) Reinaldo Quaresma. Por meu trabalho em Raquel (juro que um dia converto a segunda fase da personagem, que é em flash, pra um formato suportado atualmente), ele me convidou em 2001 (com outros autores) a escrever alguns episódios. Escrevi o 10 (único que foi animado) e pelo jeito estava engatilhando o 13 e o 17.

Por motivos de ego e de montar uma lista completa dos meus trabalhos, posto agora os roteiros (com anotações e tudo o mais) no wattpad e aqui no blog :P
NM 10: txt | wattpad
NM 13: txt | wattpad
NM 17: txt | wattpad



Dicionário Marvel - índice: Q

Página 154: Quasar
Página 155: QuasímodoQuarteto Fantástico
Página 156: Quarteto TerrívelQuentin Harderman


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start.txt · Última modificação: 2022/06/17 18:30 por mushisama